quinta-feira, 5 de abril de 2018

Sobre a Translucência Nucal (TN)

O que é a translucência nucal? 

Translucência nucal é uma medida tirada no ultrassom morfológico do primeiro trimestre, um exame de rotina. Seu principal objetivo é ajudar a detectar o risco de síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas, além de problemas cardíacos, mas, na enorme maioria dos casos, como o resultado é normal, ele é na verdade uma ótima oportunidade de você ver seu bebezinho.


Ainda será cedo para detectar com certeza o sexo do bebê só pela imagem, embora ultrassonografistas experientes arrisquem dar um palpite, com precisão máxima de 80%.


Se for seu primeiro ultrassom, ele servirá também para confirmar o tempo de gravidez.


O objetivo principal da translucência nucal é medir um espaço específico na nuca do bebê, entre 11 e 14 semanas de gravidez. A partir de 14 semanas, não dá mais para fazer o exame, porque o espaço deixa de ser transparente na imagem do ultrassom.


Bebês que tenham alguma anomalia tendem a acumular mais líquido nessa região da nuca, por isso uma medida acima da média normal é considerada um possível indicador de algum problema.
Durante o mesmo exame, também se verifica a presença do osso nasal. A ausência desse osso pode ser mais um indicador de anormalidade.


Às vezes, o resultado da medida da translucência nucal é combinado com o resultado de um exame de sangue feito na mãe, gerando uma avaliação do risco da presença de alguma síndrome cromossômica. Esse exame de sangue é útil porque diminui o grande número de falsos positivos que só a medida pelo ultrassom apresenta.


Com base no resultado da translucência nucal, na presença ou não do osso nasal e na idade da mãe, o médico pode sugerir a realização de algum outro exame, como o diagnóstico pré-natal não-invasivo (feito pelo exame de sangue), biópsia do vilo corial ou a amniocentese, a fim de confirmar ou descartar uma eventual suspeita.


Se o bebê tiver síndrome de Down, dá para ver na translucência nucal?


O exame de translucência nucal não é um diagnóstico. Ele apenas dá indicações da possibilidade da presença de alguma síndrome ou malformação. Se a medida da translucência estiver acima da média, pode ser que o bebê tenha alguma anomalia, mas é muito mais provável que não.


Por outro lado, há bebês que têm síndrome ou malformações, mas a translucência nucal dá normal.
Em resumo: se a translucência nucal for normal, você tem bons motivos para se tranquilizar. Se der acima da média, é claro que você vai ficar preocupada, mas tente segurar a ansiedade até ter mais informações. Pode ser que não seja nada, e que se trate apenas de um falso positivo.


O médico vai aconselhar você e fazer os exames seguintes com todo o cuidado para verificar qualquer possibilidade de anomalia e tomar as providências para que o bebê tenha o acompanhamento necessário.


Qual a semana ideal para fazer a translucência nucal?


Se você fizer o exame o quanto antes, próximo das 11 semanas, terá mais tempo de fazer uma biópsia do vilo corial (que pode ser feita até 13 semanas) para ter uma resposta definitiva, em caso de suspeita de anormalidade.


Por outro lado, em termos médicos, 12 semanas completas é o momento ideal para o exame. O exame de marcadores bioquímicos no sangue, que deixa o resultado da translucência nucal mais preciso, também é realizado com 12 semanas. O prazo máximo para medir a translucência nucal é 13 semanas e 6 dias.


Meu resultado foi que a chance de meu bebê ser Down é de 1 em 300. O que isso significa?

O resultado costuma ser dado assim, em forma de probabilidade, depois de um cálculo matemático que leva em conta outros fatores como a idade da mãe, antecedentes e resultados de outros exames.
Um risco de 1 em 300 significa que, de cada 300 mulheres que tenham um resultado igual ao seu, uma terá um bebê com síndrome de Down e 299 não. Quanto mais alto o segundo número, menor o risco. Um risco de 1 em 30 é muito maior que um risco de 1 em 4.000.


O melhor é perguntar para o médico, antes mesmo de fazer o exame, qual resultado ele esperaria. Assim você pode ouvir algo como “qualquer coisa acima de 1 em 200 já é excelente”. Mas o número depende do tipo de cálculo e de exame que você estiver fazendo.


Outra possibilidade é o resultado ser apenas considerado normal ou anormal. Lembre-se de que o exame indica apenas uma possibilidade, e não é um diagnóstico.


(Em alguns casos, a medida da translucência nucal fica acima do percentil 99, e isso indica risco para cardiopatias congênitas, ou seja, defeitos no coração. Nesse caso, a mãe é submetida a um ultrassom especial, o ecocardiograma fetal, especialmente para monitorar o coração do bebê.)


Algumas semanas depois, no ultrassom morfológico,entre 18 e 20 semanas, será possível ter informações mais detalhadas, como o sexo do bebê. Em caso de haver alguma anormalidade, o morfológico tem boas chances de detectá-las.




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