quinta-feira, 28 de julho de 2016

RELATO 2ª FIV :: A 1ª cartela já foi

É com alegria que venho atualizar a saga da fiv.

Como sabem, atualmente estou em tratamento para diminuir a inflamação da endometriose, tomando o medicamento Gynera.

A primeira cartela terminou!!


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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Perda Gestacional :: Documentário O Segundo Sol

Filme 'O Segundo Sol' dá voz ao luto de mães e pais que não levaram seus bebês para casa


Documentário quer "dar voz ao luto e apoio para mães e pais 
que passaram pela triste experiência de não trazerem seu filho para casa"

Apesar de 12% dos casos de gravidez no Brasil terminarem em aborto espontâneo, segundo a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), pouco se fala sobre o luto e a dor dessas famílias. O tema é tão invisível socialmente que é comum mãe e pai que perderam seus bebês ouvirem como consolo “daqui a pouco vem uma nova gravidez”. Mas você se imaginaria dizendo algo parecido para alguém que perdeu um filho ou uma filha em um acidente de carro? A invisibilidade do luto decorrente de uma perda gestacional se dá por que, socialmente, não se reconhece a existência de um bebê que morre na barriga, que nasce morto ou pouco depois de a mulher dar à luz. Serviços e profissionais de saúde, assim como pais, amigos e familiares, não estão preparados para lidar com o sentimento que assola homens e mulheres que vivem a expectativa da vida, mas têm que lidar com a morte.


"Eu quero parir essa perda. Quero me despedir do meu filho". 
A frase foi ouvida pelo publicitário Fabricio Gimenes, 25 anos, logo após ele e a esposa, a modista Rafaella Biasi, 33 anos, descobrirem que o filho Miguel estava morto dentro do útero da mãe. O casal que vivia o final da 40ª semana de gestação acabara de chegar ao consultório do especialista que acompanhava aquela gravidez. Rafaella já estava com 4 cm de dilatação, sentia as primeiras contrações e se preparava para um parto normal. Após uma gestação inteira sem nenhuma intercorrência, mas muitos planos e sonhos para quando chegasse o irmão de Cecília, de 12 anos, o casal foi surpreendido pela morte quando, na verdade, esperava pela vida. (Na foto de Eliza Guerra, Rafaella Biasi e Fabricio Gimenes, autores do documentário 'O Segundo Sol')

“Dar voz ao luto e apoio para mães e pais que passaram pela triste experiência de não levarem seu filho para casa” é a forma como Fabricio e Rafaella resumem o trabalho que foi produzido totalmente de forma independente. Com duração de 62 minutos, a narrativa é conduzida pelo relato de cinco famílias que perderam seus filhos e filhas em fases diferentes da gestação, diálogos com profissionais da área da saúde e questionamentos sobre a vida, nascimento e morte.

Rafaella Biasi revela que a escolha do nome O Segundo Sol partiu da vontade de tratar de um tema profundo e complexo, mas com esperança. “É com esse abrir da janela depois do período do luto que conseguimos ver beleza nas coisas. No momento de luto estamos tão acolhidos na dor que nem abrir essa janela queremos, e o dia pode estar muito bonito, mas nossas lentes estão em preto e branco. A luz é também uma analogia a iluminação do tema perda gestacional e neonatal. Tirar o tema da obscuridade e jogar essa luz através de histórias reais, de pessoas de carne e osso que assim como eu e Fabricio, também têm uma história de perda e amor para contar”, explica.

É importante falar da dor
Psicóloga especialista no atendimento a mulheres que sofreram perdas gestacionais ou neonatais, Renata Duailibi ressalta a importância de dar visibilidade a essa pauta: “Acho importante a divulgação do "lado triste da maternidade". Falar sobre as perdas, a dor, o luto. O trabalho com casais enlutados é sempre um desafio. Um convite à superação. Uma aposta na capacidade do ser humano em transformar a dor em alguma outra coisa”. 


A especialista também é uma das coordenadoras do grupo “Por que partiu tão cedo”, espaço para as famílias enlutadas dividir histórias e compartilhar o sofrimento, na busca de conforto e solidariedade. O grupo foi fundado há dois anos pela doula Bel Cristina. Além dela e de Renata Duailibi, é coordenado também pela médica e psicoterapeuta Ana Lana. A iniciativa começou pelo Facebook, mas são realizados encontros mensais em Belo Horizonte.


Uma das histórias retratadas no filme é a de Daniela Andrade Schneider, mãe de Theo, que fala sobre a importância de frequentar um grupo de apoio. Segundo ela, “os encontros presenciais foram experiências intensas e maravilhosas. Cada lágrima e palavra ali compartilhadas eram preciosas e preenchiam de alguma forma um vazio desse luto tão delicado e particular. Me senti privilegiada por fazer parte do grupo, pois a maioria das pessoas prefere negar a tocar no assunto da perda gestacional ou neonatal. Juntos somamos experiências de dor, amor, alegrias e tristezas, dando um novo significado a vida sem nossos filhos tão queridos e amados”.


Empatia

Recentemente uma parceria entre o Famílias em Tiras e as páginas Do Luto à Luta Temos que falar sobre isso lançaram uma campanha de sensibilização à perda gestacional e neonatal. Tirinhas de conscientização foram idealizadas e mostram como as famílias vivenciam e como gostariam de vivenciar o apoio a uma perda gestacional ou neonatal. 






:: Trailer ::



:: Filme ::


terça-feira, 26 de julho de 2016

Decon exige que maternidades da rede privada tenham plantão obstétrico

Uma boa notícia para quem mora em Fortaleza, saiu no Jornal O POVO Online de 26/07/2016.

Link: http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/saude/2016/07/25/noticiasaude,3639725/decon-exige-que-maternidades-de-hospitais-privados-tenham-plantao-obst.shtml



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As pessoas que flagrarem o descumprimento da 
recomendação devem denunciar ao órgão

A medida deve-se a inúmeras denúncias sobre a ausência de equipe técnica para os procedimentos especializados nas unidades

Maternidades de hospitais de rede privada devem dispor de plantão obstétrico presencial em suas unidades. A medida foi determinada pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor(Decon) devido denúncias sobre a ausência de equipe técnica para os procedimentos especializados nas maternidades. Os hospitais já foram notificados e têm prazo de 30 dias para a implementação.

A recomendação exige que as unidades em que são realizados partos normais e cesáreos tenham obstetra, anestesista e pediatra durante 24 horas. Os hospitais que não atenderem as orientações serão penalizados por procedimentos administrativos ou judiciais. Até o momento, os profissionais obstetras só permanecem de plantão nas unidades hospitalares na forma de sobreaviso, quando há casos de urgência ou emergência.

Os consumidores que flagrarem o descumprimento da orientação devem denunciar no site do Decon ou por meio do telefone (85) 3452-4505. As exigências também foram encaminhadas para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CRM-CE), a Cooperativa dos Ginecologistas e Obstetras do Ceará (Coopego-CE), a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest-CE), a Cooperativa dos Pediatras do Ceará (Cooped-CE) para que estejam cientes do assunto.

domingo, 24 de julho de 2016

Perda Gestacional :: Cinco verdades sobre o luto

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/camila-goytacaz/cinco-verdades-sobre-o-lu_b_7967168.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004



Conheça para oferecer apoio a quem vivencia
No dia 4 de junho deste ano me vesti com uma roupa que gosto muito, me despedi dos meus dois filhos, de seis e três anos, deixando-os aos cuidados dos avós, para cumprir uma missão inédita, difícil e, ao mesmo tempo, muito especial: dar minha primeira palestra sobre luto perinatal.
Escolhi contar aqui cinco percepções que, durante a minha fala na palestra, senti como realmente relevantes para quem está próximo de uma família que perdeu (um bebê, neste caso, mas vale para outras perdas) - e quer oferecer apoio.
Estas são algumas das questões que surgem: como acolher a pessoa que perde? Como fica sua rotina? O que machuca? O que ajuda e o que atrapalha? Que recursos ela pode usar para se restabelecer? Principalmente - o que os profissionais que a acompanham - sejam médicos, doulas, pediatras, terapeutas, podem fazer para que ela se sinta melhor?
Nesta palestra, o foco foi na perda perinatal e uma terapeuta especializada me deu apoio durante a explanação, fazendo importantes considerações do ponto de vista profissional sobre as particularidades do luto para a mãe durante o puerpério. Mesmo que não se trate de um bebê, vale refletir para entender como é aquilo que eu chamo de 'travessia do deserto do luto'.
1) O luto é cheio de perdas
Comecei a palestra dizendo como aquilo era novo para mim. Como jornalista e Consultora de Comunicação, há mais de quinze anos palestras, cursos e workshops fazem parte da minha rotina profissional. No entanto, desta vez, o tema envolvia minha vida, meu luto, meu livro Até Breve, José. Senti medo de não dar conta. Vesti a coragem (assim como cito no livro) e com o coração aberto, falei deste e de tantos outros medos que José me trouxe. Falei também da superação, contando a minha experiência com o filho que perdi.
Muitas vezes a mulher que perde um bebê (seja aborto, perda intraútero, óbito fetal ou perda perinatal) acaba experimentando outras perdas sequenciais. Há um afastamento dos profissionais que a acompanhavam e os conhecidos repentinamente a evitam - representando assim abandonos. Os amigos se afastam e ela não pertence mais aos grupos de antes. Dói demais! Por isso, é preciso fazer o possível para oferecer acolhimento, proximidade, atenção e carinho a quem perde. No caso da mãe e bebê, muitos se concentram no bebê que partiu ou no fato ocorrido e deixam de olhar para a mulher que ficou. Por favor, cuidemos desta mãe!
2) O luto é lento
Há uma grande pressa em resolver tudo e "sumir" com aquela história, dando um fim aos 'rastros' do bebê, como o enxoval ou retomando rapidamente as atividades rotineiras. Vamos com calma! Os objetos representam o filho que perdemos e tornam-se amuletos e memórias para a mãe, por isso é preciso tempo para que ela possa escolher o que e como quer manter. É reconfortante reconhecer a importância destes símbolos e é preciso deixá-la à vontade para seguir seu ritmo com a retomada da rotina.
Respeitar o tempo da pessoa para elaborar, considerando que o processo não é linear (ora melhor, ora pior) deixa a travessia um pouco mais leve.
3) Seja solidário de verdade
Esqueça os protocolos, ofereça apoio sincero. Há uma total incapacidade de nossa sociedade de lidar com o luto e com os enlutados, por uma grande falta de sensibilidade que se aloja em dois extremos: o das pessoas que simplesmente silenciam e o das que falam demais. Os profissionais podem - e devem - seguir uma conduta humanizada especialmente no momento da despedida e das más notícias e os amigos e familiares podem chegar mais perto! Embora seja uma experiência particular para cada pessoa, todas precisam ser acolhidas e respeitadas em seus processos. Para mim, o não-falar e o afastamento estão relacionados ao medo do outro em lidar com a nossa dor. Todos, todos mesmo, têm alguma experiência com perdas ou superação de dificuldades, seja de que ordem for. Quando eu falo da minha dor e da minha história, acesso a dor e a história de cada um. Juntos podemos (e conseguimos) visitar também a força do amor e da fé na vida que nos resgata do fundo do poço.
4) Mais leveza, por favor
Nestes quatro anos lidando com o tema, já coleciono centenas de histórias, completamente variadas em contextos, enredos e finais, inclusive algumas terminam bem ( ☺) mas todas trazem algo em comum: nos lembram de nossa fragilidade perante a morte e de nossa força perante a vida. Em alguns momentos da palestra, involuntariamente, arranquei risadas da plateia. Foi muito bom! Por isso, vale lembrar: o luto é triste, mas não precisa ser tão pesado. Há espaço para a esperança, para o riso e até para boas descobertas. No fundo, é um processo engrandecedor.
5) Precisamos ler, falar e ouvir sobre luto
Em meio a um fluxo contínuo de palavras que saíam da minha boca, de repente percebi que o auditório inteiro chorava. A emoção coletiva me mostrou algo que eu não esperava: houve um tempo em que achei que as pessoas não gostariam de ler ou ouvir sobre luto e sobre morte. Eu estava errada! Neste dia, em minha primeira fala sobre este tema árido, eu vi um solo fértil. Tive certeza de que, não apenas as pessoas querem ouvir, como também precisam muito, muito mesmo, de um espaço para falar. A palestra terminou com um auditório emocionado, sorrindo e chorando.
A lista de interessados em fazer perguntas ou compartilhar depoimentos e as abordagens que recebi pelos corredores depois do encontro me confirmam que é preciso falar abertamente sobre luto. Só assim vamos quebrar os tabus, tirar as cascas, deixar nossa prepotência de lado, sair do piloto automático e da cultura da falsa felicidade para então, quem sabe, entrarmos dentro de nós mesmos, naquele lugar que parece tão escuro, mas que na verdade é especial, porque nos oferece oportunidade de evolução e nos torna mais próximos uns dos outros, por meio da dor e da superação.
Precisamos falar sobre luto. Hoje e sempre.

sábado, 23 de julho de 2016

Medindo a Temperatura Basal

Encontrei essas postagens super interessantes no Instagram da @minhavida_queria e pedi autorização para para compartilhar por aqui.




O único aplicativo confiável para se acompanhar a ovulação é o Fertility Friend. 

Ele leva em consideração todos os seus sintomas, temperatura basal, tipos de muco e tudo mais pra calcular a data provável da sua ovulação. É uma ferramenta bem mais avançada e que vai te dar uma data muito mais próxima do real.

A temperatura basal é a técnica chave da tentante empoderada e que realmente vai te dizer o dia da sua ovulação

Primeiramente, é preciso ter um termômetro, preferencialmente digital. Deixe-o ao lado da sua cama. Você vai medir a sua temperatura (via oral ou vaginal), todos os dias de manhã, no mesmo horário, antes de se levantar. Isso é essencial pra se certificar de que a temperatura vai ser bem realista.

Após medir a temperatura, adicione-a ao Fertility Friend clicando no termômetro indicado pela seta. Digite a temperatura (altere a configuração para Celsius, caso ele esteja automaticamente em Farenheint) e pressione "save".

Conforme os dias se passarem ele vai apresentar um gráfico que permite que identifiquemos o dia da ovulação.

Geralmente há uma pequena queda na temperatura no dia anterior a ovulação (que acontece devido ao pico do hormônio LH) e uma elevação na temperatura nos dias que se seguem (ação da progesterona). Quando a temperatura volta a cair, significa que o nível de progesterona caiu e a menstruação está próxima. Dessa maneira, é possível identificar a proximidade da ovulação, o dia que ela ocorreu e também a iminência da menstruação, evitando frustrações desnecessárias com atrasos falsos 😉


Interpretando o gráfico



Depois que você começar a registrar as temperaturas, o aplicativo fornecerá um gráfico pontuando-as.

Ao final de um ciclo (negativo) o resultado será algo semelhante a esse! Então podemos perceber uma queda na temperatura, logo antes da ovulação, que nesse ciclo aconteceu no 16o dia do ciclo. Depois disso a temperatura se elevou e permaneceu alta até o 28o dia do ciclo. A temperatura continuou caindo e no dia seguinte a 👹 chegou. Quando a temperatura começou a cair eu já sabia que ela ia chegar, por isso já me preparei 😅

Se a temperatura continua alta e já passou o prazo da sua fase lútea, vale à pena fazer um teste (se você já não tiver feito um antes disso, quem nunca?!😂)

Também é de grande ajuda registrar os padrões de muco cervical, o Fertility Friend também usa essa informação para os cálculos!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

RELATO 2ª FIV :: De volta ao anticoncepcional

Como eu disse post passado.

Terei que voltar a usar anticoncepcional, dessa vez, por seis semanas.

O anticoncepcional prescrito foi o "Gynera".



Iniciei: dia 07.07

Previsão de término: dia 18.08

Obs.: [post liberado em atraso]

segunda-feira, 4 de julho de 2016

RELATO 2ª FIV :: Consulta pós punção e próximos passos

A curiosidade foi maior que o medo e resolvi ligar para saber os embriões.

Dos 4 embriões... Ficaram:
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4 embriões. 1 de qualidade "regular", não sei o que significa isso. Acredito que seja C ou D. E 3 bons, tipo A e B.



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Chegou o dia da consulta pós punção. Tinha sido marcado para segunda de manhã. Mas... Como sempre, houve remarcação. No sábado ligaram para remarcar para as 15h. Na segunda, me ligam para remarcar novamente, dessa vez de 15h para as 16h. É... remarcação dupla. Sei não viu, sei não.

Fomos para a consulta. Dessa vez o Dr Famosinho estava bem simpático, meu marido também percebeu a grande diferença de humor até comentou isso. Fico pensando se a anestesista conversou alguma coisa com ele durante a punção (a anestesista é minha médica de acupuntura e me atende desde fevereiro/16) e . Ou apenas, coincidiu dele estar num dia bom mesmo.

Sentei lá na "sala de estar" e abri a bolsa para pegar o papel em que tinha anotado as perguntas. Ele percebeu que eram perguntas que eu pretendia fazer e já disse "São perguntas? Pode mandar."

"Eram oito óvulos, tem alguma explicação para terem ficado apenas quatro embriões? Problema nos óvulos? Problema nos espermatozóides?"

"Eram oito óvulos, mas apenas seis maduros, bons para fertilizar. Então a contagem certa é que de seis óvulos ficaram quatro..."

Com essa resposta acalmei o coração, afinal de seis para quatro estava na média. Eu estava estranhando era sair de oito para quatro... Porque ele não havia passado as informações completas antes.

Perguntei em que estágio foram congelados. Foram congelados com 3 dias.

Com esse gancho, fomos falar sobre os próximos passos.

O Dr Famosinho explicou que pretende transferir embriões em estágio de blastocisto. Para isso, quando for transferir, ele irá descongelar e esperar dois dias. (Entrei em pânico. E se eles pararem de dividir antes?).

Ele explicou que se eles pararem de dividir, eles também iriam parar de dividir depois. Porque no laboratório o ambiente é totalmente controlado; não tem estresses, não tem trânsito, não tem poluição, não tem aborrecimentos... (Ok, achei razoável, mas bate um pânico de acabar sem embriões para transferir... Se os descongelados continuarem vivos, e conseguirmos transferir, dizem que a chance de implantação usando blastocisto é maior do que usando embriões de três dias... Pelo menos, me conforta saber que se não der certo, tem dois embriões que ficarão no aguardo.).

Aí o Dr Famosinho prosseguiu com as explicações dos próximos passos...

"Você já menstruou?" "Não."

"Vou prescrever um anticoncepcional para usar durante seis semanas. Você tem endometriose mesmo, bem leve, mas é melhor tratarmos dela antes de transferir. O anticoncepcional vai diminuir a inflamação causada por ela."

Fiquei receosa, por conta da trombofilia... Perguntei se era algum anticoncepcional especial, com menos hormônio.

Ele disse que não, o anticoncepcional que pretendia prescrever tinha bastante hormônio porque ele queria tratar a endometriose, mas que iríamos usar por pouco tempo só por seis semanas e sem fazer intervalo. (É, para quem já usou anticoncepcional por quase quinze anos, usar por mais seis semanas... é quase nada. Vamos nessa então.)

"Antes de completar as seis semanas, você vai entrar em contato para agendar a injuria."

Disse a ele que desejava fazer a injuria com sedação. Minha coragem há muito já tinha ido embora. Acho o processo da injuria muito parecido com uma amiu, apesar de ser nada a ver... E eu tive muitas dores no pós operatório da amiu. Não estava a vontade de fazer isso acordada. Ele disse que não tinha problema, só informasse isso as meninas, secretárias dele, para elas agendarem direitinho (lógico que fazer com sedação encare mais, massss diante do meu estado emocional nesse processo todo, acho que vale muito a pena).

Falando em dor, perguntei quantos dias ficaria dolorida da punção... Ele disse que uns dez dias porque, querendo ou não, machuca um pouco. (Relaxei, ainda era o sétimo dia, eu estava dolorida mas estava dentro da normalidade então. Na primeira fiv, fiquei dolorida apenas dois dias).

Após a injuria esperaríamos o ciclo terminar e no outro iniciaríamos a preparação do endométrio. Nessa preparação, ele prescreveria um medicamento chamado "intralip" que serve para diminuir anticorpos do endométrio (ele não explicou porque dessa medicação e eu também não perguntei, acho que foi por causa do exame de células NK que fiz).

Perguntei sobre o uso do coagulante.Ele disse que iremos usar a partir da transferência.

Sobre a transferência, ele disse que pretendia usar um medicamento chamado "atosiban" que previne a contração do útero. 

E foi isso... Aguardar o RED chegar para iniciar novamente o anticoncepcional.

Obs.: [post liberado em atraso]