quinta-feira, 26 de maio de 2016

Grupos e o pesadelo sem fim

Oi meninas que ainda lêem o blog,

Atualmente participo de alguns vários grupos no zap (é muito assunto para um grupo só kkkkkk). As vezes acho curioso algumas coisas.

As meninas do grupo de tentante ainda estão com aquela mentalidade "de começo das tentativas". É aquela energia diferente que toda recém tentante tem. Todo aquele otimismo e expectativa... O assunto é receitinhas para ajudar, muco, período fértil, sintomas, atraso, vida de tentante.
não falam muito sobre coito programado, IA, FIV, abortos,trombofilia, imunologia da reprodução...

As meninas do grupo de fiv, falam bastante sobre os procedimentos, medicações, sintomas e tal, vida de tentante. É um grupo um pouco mais "frio". Mais ligado realmente aos procedimentos e resultados. 
não falam muito sobre abortos, trombofilia, fatores imunologicos...

As meninas do grupo de aborto, falam muito sobre aborto, luto, exames, trombofilia, imunologia da reprodução. Também um grupo super emotivo, todas sofreram abortos, nas mais variadas etapas da gravidez. Muitas ainda permanecem sem diagnostico da causa.
não falam muito sobre muco, período fértil, sintomas, atraso, vida de tentante, tratamentos de infertilidade...

As meninas do grupo de trombofilia, falam muito sobre trombofilia, abortos, luto e exames. É um grupo emotivo, a maioria precisa tomar medicação injetável diária durante a gestação, algumas tiveram abortos e isto é um grande fantasma.
não falam muito sobre tratamentos de infertilidade, nem sobre imunologia da reprodução...

As vezes eu fico meio perdida, querendo encontrar alguém na mesma situação que eu. Acho algumas pessoas com alguns aspectos em comum, mas até agora não encontrei ninguém com tantas coisas em comum assim. As vezes eu mesma fico pensando, acho minha situação tão surreal. É como eu tivesse dormindo presa num pesadelo e a qualquer momento fosse acordar e ver que nada disso é realidade.


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Trombofilia :: Acompanhamento na gravidez

Exames imprescindíveis para acompanhar a trombofilia na gravidez

Dímero
Fibrinogênio
Homocisteína

Hemograma completo
Coagulograma completo
Hepatograma
Dosagem do fator Anti-Xa (atividade)



Obs Quando há coagulos no sangue o Dimero começa a alterar
Aí aumento a dose da enoxaparina pra diminuir os coágulos

terça-feira, 24 de maio de 2016

Trombofilia - compartilhando (perguntas e respostas)

1. O que é trombofilia?

As trombofilias (sim, existe mais de um tipo!) são doenças que causam aumento da coagulação sanguínea, com conseqüente aumento do risco de obstrução dos vasos sanguíneos. Esta obstrução é denominada trombose. As trombofilias podem ser divididas em dois grupos: as hereditárias e as adquiridas. No grupo das trombofilias adquiridas destaca-se a síndrome antifosfolípide (SAAF).

2. Eu não tenho nenhum sintoma…será que posso ter trombofilia?

As trombofilias podem se manifestar de várias maneiras, que nem sempre são óbvias. A trombose pode ocorrer em qualquer vaso sanguíneo do corpo, ou seja, vasos do coração levando a um infarto, vasos do cérebro, podendo levar a um derrame. Contudo, o mais comum é obstrução de vasos dos membros inferiores, nas pernas, que pode levar a dor e inchaço na perna acometida.

Para se ter um diagnóstico de trombofilia, médicos levam em consideração não só o resultado de exames laboratoriais, mas também o histórico da paciente.

3. Como se adquire trombofilia?

O mecanismo que leva à produção dos anticorpos que interferem no sistema da coagulação ainda não são conhecidos. Existem os chamados "fatores desencadeantes" que podem agir como gatilhos para a eclosão da SAAF, em indivíduos geneticamente predispostos, ou novos eventos trombóticos em indivíduos que já tiveram trombose no passado relacionada à SAAF. Os mais conhecidos são intervenções cirúrgicas, infecções graves na gestação e nos pacientes que já vinham sendo tratados para SAAF, falha do acompanhamento da dosagem do anticoagulante.

No entanto, como dissemos anteriormente, as trombofilias podem ser tanto adquiridas ao longo da vida ou herdadas, ou seja, ser uma herança genética familiar.

4. Como é feito o exame para detectar trombofilia?

Para verificar se uma pessoa tem trombofilia é preciso realizar exames de sangue com pesquisa dos fatores acima mencionados. Anormalidades em um único exame já podem ser motivo suficiente para fechar o diagnóstico de trombofilia.
As trombofilias adquiridas que estão mais relacionadas com a ocorrência de trombose são:
• O anticorpo anticardiolipina: é um teste mais sensível, sendo encontrado em cerca de 80% dos pacientes com SAAF, no entanto, é menos específico, podendo ocorrer em uma variedade de outras condições. Logo após um evento trombótico, o teste para aCL pode estar transitoriamente negativo porque há um consumo do anticorpo. Recomenda-se outro teste três meses após o evento trombótico. Quanto maior o título do aCL, maior a chance de eventos trombóticos.
• O anticoagulante lúpico: é menos sensível (presente em 15 a 40% dos pacientes com SAAF), no entanto, raramente é positivo em outras condições além da SAAF.
As trombofilias hereditárias são :
• Deficiência de proteína C
• Deficiência de proteína S
• Deficiência de antitrombina
• Presença do Fator V de Leiden
• Presença de uma mutação no alelo G20210A do gene da protrombina
• Presença de uma mutação no gene da enzima metileno tetrahidrofolato redutase (MTHFR).

5. Como evitar trombofilia?

A trombofilia não tem como ser evitada mas pode-se evitar as suas conseqüências combatendo os fatores de risco para os eventos trombóticos, que tem um peso ainda maior nas pessoas que têm SAAF. Os principais fatores de risco são fumo, obesidade, vida sedentária, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, uso de hormônios (principalmente estrógenos) e certas drogas (como a clorpromazina).

6. Quando esses exames devem ser solicitados?

Como estas doenças da coagulação só recentemente foram identificadas, ainda não há critérios "padrão", mas algumas indicações existem:

o Presença de vários fenômenos tromboembólicos numa família, particularmente quando afetam pessoas relativamente jovens (abaixo dos 50 anos);
o Localização atípica e pouco frequente de certas tromboses;
o Tromboembolismo na ausência dos fatores clássicos de risco.

7. Tenho trombofilia. Isso dificulta engravidar?

A trombose no local de implantação do embrião no útero pode atrapalhar a fixação do embrião, levando a não ocorrência de gravidez após a transferência de embriões de boa qualidade em tratamentos de reprodução assistida. Pode ocorrer ainda uma implantação comprometida, que pode resultar em abortamento precoce.

8. Tenho trombofilia e estou grávida. Posso ter algum problema?

As mulheres portadoras de trombofilia têm uma chance aumentada para apresentar algumas complicações na gravidez como hipertensão, restrição de crescimento intra-uterino (RCIU) e perda fetal recorrente (PFR). Em pacientes com trombofilia que já tiveram aborto prévio, o risco de aborto em uma próxima gestação não tratada é de cerca de 80%. Além de abortamentos no início da gestação e perdas fetais (no segundo e terceiro trimestre de gestação), as trombofilias estão relacionadas a crescimento intra-uterino retardado, oligohidrâmnia (diminuição do volume do líquido amniótico), baixo peso fetal e insuficiência placentária. Mas se você fizer um acompanhamento adequado, com médico especializado, terá uma gravidez saudável. Não se desepere!

9. Quer dizer que essa doença tem tratamento?

Sim e um tratamento eficaz que permite que as portadoras com acompanhamento médico adequado tenham uma gestação de sucesso. Temos vários casos de sucesso aqui nos fóruns!

10. Como é o tratamento das gestantes com SAAF?

O tratamento da gestante com SAAF difere. Utiliza-se o AAS infantil e muitas vezes hidroxicloroquina em gestantes sem passado de aborto. Nas pacientes com trombose prévia ou perdas fetais recorrentes, adiciona-se a heparina subcutânea, que pode ser a regular a cada 12 horas, ou a de baixo peso molecular, a cada 24 horas.

11. Qual a importância do tratamento?

A SAAF é reconhecida atualmente como a trombofilia adquirida mais comum. Deve ser considerada no diagnóstico diferencial de tromboses arteriais e venosas recorrentes, bem como nas perdas fetais de repetição e pré-eclâmpsia. Para pacientes que já apresentaram evento trombótico arterial ou venoso, a chance de recorrência é alta. Essas pessoas devem ser anticoaguladas indefinidamente, monitorando-se o INR. A SAAF é uma doença crônica e para evitar as conseqüências, que podem ser graves ou até mesmo fatais, se requer uma boa adesão ao tratamento. Os pacientes devem ser esclarecidos sobre a conduta geral e o regime terapêutico adotado, para prevenir perdas fetais e a morbidade por eventos trombóticos.

12. Tenho mutação do FATOR V DE LEIDEN. O que é isso?

Em 1993, Dahlback e seus colaboradores, na cidade de Leiden, descreveram uma mutação no gene que codifica o Fator V. O gene mutante, localizado no cromossomo 1,
promove uma alteração no Fator V, tornando-o mais resistente à ação da proteina C (anticoagulante natural) . O Fator V, com tal alteraçãoo, foi denominado Fator V de
Leiden. Essa parece ser a trombofilia hereditária mais frequente. Vários estudos já demonstraram sua correlação com resultados gestacionais insatisfatórios.

13. O que é a mutação da ANTI-TROMBINA III?

Anti-trombina III é um anticoagulante natural que age inibindo os fatores ativados (coagulantes) IX, X, XI e XII da cascata de coagulação. Sua deficiência foi inicialmente
descrita em 1965 e pode ser causada por mais de 80 diferentes mutações. A deficiência de anti-trombina III é a trombofilia que apresenta maior risco para trombose, mesmo quando heterozigoto. Cerca de 70% das pacientes com deficiência de anti-trombina III irão apresentar trombose venosa durante a gestação. Estudos mostraram elevado o risco para aborto e um risco 5 vezes maior de natimorto, em individuos que apresentam deficiência de anti-trombina III.

14. O que é a mutação da enzima METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR)?

A mutação em um gene (C677T) que codifica a enzima MTHFR promove uma alteração na estrutura de tal enzima, deixando-a termolábil, inativa. Recentemente, foi descoberta uma nova mutação que promove inativação da MTHFR, A1298C, porém ainda há poucos estudos que a correlacionam com resultados gestacionais insatisfatórios. A MTHFR é uma enzima fundamental na conversão de homocisteína em metionina, e nesse processo estão envolvidos outros cofatores, como: ácido fólico, vitamina B6 e B12.
Individuos que apresentam mutação da MTHFR possuem uma tendência a elevação dos níveis de homocisteína sanguinea, principalmente os homozigotos para C677T, ou heterozigotos para ambas as mutações. A elevação da homocisteína parece estar
relacionada com um risco elevado para doenças cardiovasculares e maus resultados gestacionais (aborto recorrente, pré-eclampsia, óbito fetal, DPP). A mutação na MTHFR
também esta relacionada com mal-formações fetais e defeitos de fechamento do tubo neural. Em alguns estudos, pacientes com elevação da homocisteína apresentaram um risco de aborto 2,5 vezes maior que a população normal.

O diagnóstico dessa mutação é realizado com a detecção da mutação e determinação do nivel de homocisteína no sangue. O tratamento durante a gestação é realizado com uso de drogas anticoagulantes e suplementação vitamínica.

15. O que é a mutação do gene da PROTOMBINA (FATOR II)?

Descoberta em 1996, a mutação no gene que codifica o fator II se correlaciona com um risco elevado de tromboembolismo, isso porque tal mutação irá proporcionar uma maior produção de Fator II (coagulante). A mutação no gene da protombina é encontrada em cerca de 1 a 3% da população normal (sem história de tromboembolismo) e em até 6% de pessoas com história de trombose venosa. É responsvel por até 18% das trombofilias hereditárias. Portadores da mutação do Fator II apresentam uma elevação no risco de trombose em cerca de 2 a 5 vezes. Estudo recente mostrou a presença da mutação no gene da protombina em torno de 7 a 8% das pacientes com abortos, comparado com 3,8% de mulheres sem história de aborto.

Alguns exames indicados para a pesquisa da trombofilia e de alterações imunologicas:

Exames imunologicos:
- crossmatch (prova cruzada)
- Cultura mista de linfocitos
- Tipagem HLA
- Preparo de linfocitos supressores
- Preparo de linfocitos T e B
- Preparo de linfocitos hepler
- Anticorpos anticardiolipina
- Fator anticoagulante lupico
- Anticorpos antinucleo
- Anticorpos Anti-DNA
- Anti-Ro e Anti-La
- Antiperoxidase tieroideana
- Antitireoglobulina
- Dosagem cel NK (CD-3, +16, +56)
- Teste atividade NK

Exames de coagulação: 
- Fator V de Leiden mutação G 1691A
- Mutação G20210A no gene da protrombina
- Dosagem de proteina C
- Dosagem de proteina S
- Dosagem de antitrombina III 
- Mutação do gene da metilieno tetrahidrofolato redutase – (MTHFR) - (Variantes C677T e A1298C)
- Mutação PAI­‑1 (675G>A (4G/5G) e 844A>G)
- Fatores VIII, IX, IX e XIII
- Fator de von Willebrand (F vW)

Principais exames de Trombofilias

:: TROMBOFILIAS HEREDITÁRIAS ::

Resultam da deficiência de componentes que fazem parte do sistema de coagulação. Estão associadas com o tromboembolismo venoso e adversidades durante a gravidez. Estão incluídos nesta categoria:

- Mutação do Fator V de Leiden (R506Q)

- Mutação do gene da protrombina (fator II- G20210A)

- Deficiência da Antitrombina

- Deficiência da proteína C

- Deficiência da proteína S

- Mutação do gene da metilieno tetrahidrofolato redutase – (MTHFR) - (Variantes C677T e A1298C)

- Aumento do fator VIII (estudos recentes)

- Fator IX e XI elevados (estudos recentes)

- Fator XIII (Fator XIII Val-34-Leu) – (estudos recentes)

- Polimorfismo no gene beta-cistationina sintetase

- Hiperhomocisteinemia -

- Mutação PAI­‑1 675G>A (4G/5G) e 844A>G (estudos recentes)

- Níveis elevados do Fator de von Willebrand (F vW) – ainda em estudo

:: TROMBOFILIAS ADQUIRIDAS ::

- Anticoagulante lúpico -

- Anticorpos anticardiolipina -

- Anticorpos antifosfatidilserina –

- FAN (fator antinuclear) -

- Anticorpos anti- beta-2-glicoproteína 1 -

- Anti-fosfatidil-etanolamina -

- lipoptn (a) -


Retirado de: Trombofilia e Gestação - http://www.trombofilia.com/principais-exames

Tipos de Trombofilias

:: HEREDITÁRIAS ::

- Deficiência da Antitrombina

- Deficiência da Proteína C

- Deficiência da Proteína S

- Deficiência de Proteína Z

- Mutação Fator V Leiden (R506Q) Resistência APC (APCR)

- Mutação do gene da Protrombina G20210A

- Mutação da MTHFR (Variantes 677C>T e 1298A>C)

- Mutação PAI-1 675G>A (4G/5G) e 844A>G

- Disfibrinogenemias

- Fator IX Elevado

- Fator XI Elevado

:: ADQUIRIDAS ::   

- Síndrome dos Anticorpos antifosfolipides (SAAF)


:: MISTAS/COMBINADA :: 

- Hiperhomocisteinemia

- Atividade Elevada do Fator VIII

- Aumento do Fibrinogênio


:: OUTRAS TROMBOFILIAS :: 

- ACE Ins/del Fibrinogénio (455G>A)

- Fator XIII (Val34Leu)

- APOE (Cys112Arg e Arg158Cys)

- EPCR (4678G/C)

Classificação das Trombofilias

ALTO RISCO TROMBÓTICO

- Homozigose Fator V Leiden
- Homozigotia Protrombina G20210A
- Deficiência de Antitrombina
- Síndrome dos Anticorpos antifosfolipides (SAAF)
- Trombofilias combinadas (Dupla heterozigose para Fator V Leiden e Protrombina G20210A, por exemplo, dentre outros)

MODERADO RISCO TROMBÓTICO

- Heterozigose Fator V Leiden
- Heterozigose Protrombina G20210A
- Deficiência Proteína C
- Deficiência Proteína S
- Persistência de Anticorpos antifosfolipides

BAIXO RISCO TROMBÓTICO

- Mutação da MTHFR (Polimorfismos C677T e A1298C)
- Mutação do PAI-1 (Polimorfismos 675G>A (4G/5G) e 844A>G)
- Hiperhomocisteinemia
- Outras


FONTE: Artigo “Rastreio de Trombofilias” - Boletim da SPHM Vol. 27 (4) Outubro, Novembro, Dezembro 2012 – Lisboa - Portuga

O que é Trombofilia?


Trombofilia é basicamente uma falha genética, hereditária ou adquirida, que faz com que o corpo tenha uma pré-disposição a formar coágulos de sangue e não dissolve-los sozinhos, podendo obstruir as veias sanguíneas. Esses coágulos podem causar diversos males, como trombose venosa, embolismo pulmonar, acidente vascular cerebral, infartos, dentre outros, que se não diagnosticados a tempo, podem levar à morte. Esta falha também estaria relacionada à dificuldade de implantação de embrião ou abortos de repetição

Existem vários tipos, entre baixo riscos até riscos elevados, diferindo também no tratamento entre elas.

O uso de anticoncepcionais é fator que aumenta o aparecimento dessa doença, especialmente entre as mulheres que quando pretendem engravidar, necessitam de um acompanhamento mais que especial com um Ginecologista / Obstetra de alto risco juntamente com o acompanhamento de um hematologista.

Postagens relacionadas:

Tipos de trombofilia

Classificação de risco

Principais exames

sábado, 21 de maio de 2016

Sobre a consulta de retorno com o hematologista...

Ontem marido nem sequer lembrava que teríamos a consulta e ainda perguntou se eu queria que ele fosse. Nessas horas, eu preciso respirar fundo para não iniciar uma briga desnecessária... Respondi simplesmente que sim, eu queria que ele fosse junto.

Chegamos quinze minutos antes do horário. Na recepção do prédio erraram meu nome no crachá e eu tive que pedir para consertarem... (não me julguem... só que eu realmente detesto quando erram meu nome).

No consultório logo percebi que haviam três pessoas na nossa frente. é, isso mesmo. Estava exatamente no nosso horário e ainda tinha três pessoas na frente e lá não é por ordem de chegada não. Tudo estava super atrasado. Até entendo o motivo do atraso. Esse médico hematologista passa um bom tempo com cada paciente, ele gosta de explicar tuuuuuudo, então super vale a pena essa espera toda.

Duas horas depois do previsto, fomos atendidos. Dessa vez eu estava mais tranqüila do que da outra consulta (vide post Consulta Hematologista e provável TPM). Comecei mostrando os exames que já tinha mostrado na consulta passada e depois entreguei os novos. Ele olhou e assinalou quatro itens nos exames: Mutação MTHFR (homozigoto A1289C), Polimorfismo PAI1 4G/5G, Fator VIII e Fator IX.

Bem, como eu já tinha dito no post "Fatores de trombofilia? Heparina? Causa do aborto?", eu já sabia que era trombofilia mesmo... Estava meio conformada com a idéia.

Aí ele foi explicar lá que eu tinha fatores que aumentavam o risco de fazer coágulos e esses coágulos podiam interromper o fluxo sanguíneo e causar uma trombose. Que era uma alteração genética que fazia com que eu demorasse o dobro do tempo para desmanchar esses coágulos do que uma pessoa sem essas alterações. Que em situações especiais, como a gravidez, tinha que tomar alguns cuidados, pois a gravidez por si só também aumenta esses fatores de coagulação...

O que ele recomendou a respeito? Usar AAS e umas vitaminas manipuladas e a partir da fase lutea, usar anticoagulante e cálcio. Caso engravide, manter as medicações até o período puerperal. Todo mês fazer consulta de acompanhamento no hematologista, além do acompanhamento com o obstetra.

Lógico que não fiquei nem um pouco animada com isso. Fui logo imaginando como seria tentar natural com baixas chances de sucesso e, mesmo assim, ter que me furar umas 15 vezes todo mês... Imaginando como seria essa gravidez com as tais "picadinhas do amor", imaginando como seria ficar nove meses aflita sem saber se o bebê estava bem ou se havia parado o coração.

Acho que o médico percebeu e já foi logo dizendo que não era para ficar triste e com medo quando pegasse o positivo pois com as medicações iria diminuir os riscos e seria uma gravidez quase normal. Ele também recomendou que evitasse comentar muito sobre isso com as pessoas em geral, pois a maioria não entende e poderiam falar muitas bobagens que só me deixariam para baixo.

Assim como aquele obstetra de alto risco que fui quando estava grávida, este hematologista costuma atender muitas grávidas desesperadas, então imagino que ele já sabe mais ou menos o que passa pela cabeça delas.

Perguntei (só por perguntar mesmo, porque eu já planejo fazer pré natal com obstetra de alto risco de qualquer forma) se o obstetra teria que ser de alto risco. Aí o hematologista disse: "olha, eu não costumo chamar de gravidez de alto risco, costumo chamar de "gravidez preciosa", ok? Porque a rigor, realmente é uma gravidez preciosa por tudo que vocês passaram e nós vamos acompanhar direitinho ela".

Sai do consultório com uma peca de papeis: O receituário com as medicações para usar nas tentativas e gravidez, instruções de locais de aplicação da medicação, uma declaração que sou portadora de fatores de risco para trombofilia (esta declaração é para que eu tente conseguir as medicações pelo sus ou pelo plano de saúde), recomendações para viagens longas de mais de oito horas e recomendações sobre o uso de anticoncepcionais, caso precise voltar a usar.

Quando estava prestes a sair do consultório, vi que meu nome estava escrito errado nos papéis, não resisti, tive que falar que estava escrito errado. Aí o médico disse que foi bom ter avisado porque poderia dar problema na documentação quando fosse tentar solicitar a medicação. Ele fez outros papéis, dessa vez com o nome escrito correto, e me entregou. =P Até que tem suas vantagens esse meu abuso quando erram meu nome.


Digamos que estou bem perdida com tudo isso. Queria que num passe de mágica chegasse o dia em que saímos da maternidade com o pacotinho nos braços. Agora realmente não me passa mais pela cabeça voltar para casa e ficar esperando acontecer.

O hematologista disse que a trombofilia pode ter atrapalhado na implantação do embrião na primeira gravidez e talvez tenha atrapalhado na fiv também, então eu estou me apegando nisso. Na próxima tentativa da fiv usarei o anticoagulante e tem tudo para dar certo, tanto engravidar quanto manter a gestação. Resta só saber quando será isso.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A ressonância magnética e seu resultado


Peguei a guia e fui ligar para agendar o exame com o médico que dr Famosinho tinha indicado fazer. A ligação não completa. Ligo novamente, nada. Ligo novamente, nada.

Resolvo procurar no google. Aí me dei conta que não dava para procurar, colocaram só o primeiro nome do médico radiologista. Teria que, pelo menos, ter o sobrenome para conseguir achar. Mando zap para a secretária perguntando sobre o telefone. Oh sim, tinham me dado o número errado, invertido. Enfim, ligo para agendar. Era dia 9, consegui agendar para dia 16. Me dou conta que dia 16, talvez eu estivesse no red. Eu pergunto se o exame pode fazer menstruada, a atendente ficou meio sem entender e disse que não havia problema nenhum (e com essa resposta dela, eu também fiquei confusa, algumas tentantes me falaram que precisava colocar um gel na vagina pro exame... Vai entender né) Depois a atendente perguntou se eu tinha claustrofobia. (respondi que não, bem, pelo menos eu acho que não tenho) Por fim, ela perguntou meu peso e nessa hora eu comecei a cogitar que provavelmente seria um exame com contraste. Nunca tive problema com contraste, mas a minha mãe tem muito medo de exames assim e eu fico um tiquinho receosa, vai que o medo dela tem algum fundamento, sei lá. Já teve aqueles casos anos atrás de umas pessoas que morreram com a aplicação de contraste.

Sábado acordo com o telefone tocando. Atendo, é do laboratório de imagem para confirmar o horário de segunda. (Meu Deus, já é segunda? dia 16 já é depois de amanhã?? Quando agendei dia 16 parecia ser algo tão longe...). Sábado o red chegou. (É, bem que desconfiava que faria o exame menstruada... Mas a atendente disse que não tinha problemas, então vamos ver.)

Segunda. Dia do exame. Não sabia se tinha que fazer jejum ou não por causa do contraste, ninguém falou nada sobre isso, então acho que não precisava... Massssss a mente catastrófica da pessoa já pensou que se eu tivesse algum problema de reação seria melhor que estivesse de jejum, sei lá né. Resolvi então, não tomar o café da manhã. Comeria alguma coisa depois do exame. O exame estava marcado para 9h.

Chego lá no laboratório de imagem. Me dão um questionário para responder, ta isso eu imaginava que teria que responder mesmo... é um exame com contraste. Pergunta: Você fez alguma cirurgia antes? E começo a refletir se curetagem é considerado cirurgia ou não. Resolvo que não. Perguntinha do final: Você autoriza o uso de contraste estando ciente dos riscos e blablabla? Pergunto para atendente que se caso eu tenha alguma reação, existe algum médico para socorrer. Ela responde que tem. Bem diante disso, é o jeito. Marco o x e aceito o contraste. Entrego a prancheta. Trinta segundos depois, peço a prancheta de volta. Esqueci, já fiz cirurgia sim. Há doze anos, redução de mama. Anoto lá. E pensando bem, já que falei da cirurgia de mama... vou botar a curetagem também, é ressonância pélvica, vai que tem alguma influencia. Devolvo a prancheta.

Chega a hora do exame. Mandam eu me trocar, ficar só de calcinha e colocar a bata. (Bem, com isso eu acho que não vai ter gel nenhum não) Depois me levam para uma cadeira e vão começar os preparativos pro exame. Me furam e colocam um acesso. Depois a moça vem com uma seringa. (Aí eu penso pronto, deve ser o contraste... é agora). Alarme falso, a moça diz "isso é um soro, estou liberando passagem no acesso". Depois me colocam numa maca e umas coisas em cima da pelve. Me levam para a sala de exame e encaixam a maca em alguma coisa. Depois a moça me entrega uma bolinha e diz "qualquer coisa se quiser falar comigo, aperta essa bola que eu venho". (hummm interessante, pelo menos se eu tiver morrendo dá para pedir socorro. E se esqueceram algo metálico na cirurgia dos seios? E se eu tive reação ao contraste? E se eu tiver um ataque claustrofobia?) Aí a maca começa a entrar no aparelho. Minhas pernas entraram, meu corpo, minha cabeça... Humm mas a cabeça ficou um pouco para fora, melhor. Realmente a maquina de ressonância é bemmm apertadinha, deve ser agoniante entrar totalmente nela.Começa o barulho. Uns cinco minutos depois aparece a moça e diz que vai aplicar o contraste. Pronto... vai ser agora. E não sinto absolutamente nada. Pensei que sentiria calor, já usei contraste uma vez e senti calor por dentro. Mas, dessa vez, não senti absolutamente nada. A maquina começou novamente a trabalhar. Uns cinco minutos depois a moça apareceu dizendo que o exame tinha acabado. O resultado sairia dois dias depois, as 18h.

Dois dias depois, fui para terapia (simmmmm, eu voltei para a psicóloga) e o laboratório de imagem fica no mesmo prédio comercial. Sai da sessão as 16:30 e pensei em passar lá no laboratório para pegar o exame, geralmente esses exames costumam fica pronto antes do prazo e como é só questão de uma hora e meia... Grande engano. Chego lá e o rapaz do balcão olha no sistema e diz que só fica pronto as 18h. Ok né, fui pegar antes do prazo. Pergunto se tem algum risco de não entregarem hoje. O rapaz diz que não, eles entregam hoje sim, mas só as 18h.

Resolvo ficar rodando pelo prédio 1hora e meia para pegar logo o exame. 17:50 vou novamente no laboratório. O rapaz olha o sistema e novamente diz "ainda não está pronto, só 18h mesmo". =O

A minha mente começa a viajar."Será que tem algo errado? Porque ainda não está pronto? O prazo de entrega era 18h então ele já devia estar pronto..."

18:15 vou lá novamente. O rapaz me diz: "Ainda não está pronto, eles ainda estão fazendo."

Infelizmente tive que dar uma de chata. "Olha, eu perguntei mais cedo se teria algum risco de não entregarem isso hoje e você disse que não, que seria entregue hoje. Eu estou aqui esperando desde 16:30. O prazo de entrega era hoje as 18h. Se não conseguem entregar no prazo, para que quê colocam esse prazo, podiam ter colocado para amanhã."

Aí agilizaram lá e cinco minutos depois, finalmente me entregaram o exame.


Resultado da ressonância. Não apareceu a endometriose \o/ mas, em compensação, estou com dois cistos...um de cada lado.

Acho que não estou ovulando. Fiz a fiv em março, não tinha cistos. Aí teve abril e maio. Seria coincidência ter exatamente dois cistos e em ovários diferentes? Não, acho que não. São os folículos que não romperam.

domingo, 15 de maio de 2016

E o red chegou...De novo.

Eu devia abandonar o facebook. Só não abandonei porque lá tem alguns grupos interessantes. Mas o que fazer quando você entra e dá de cara, com a foto do parto de uma colega de faculdade que engravidou um dia desses e anunciou no facebook?

Mulheres engravidam, mulheres tem seus filhos, os filhos fazem aniversário de um ano, depois fazem aniversário de dois anos, aí elas engravidam novamente, tem seus filhos e tudo se repete...

E eu?

Eu estou aqui. Parada no tempo. Nos mesmos dilemas. Na mesma saga.

Mais uma vez não adiantaram as brincadeiras. O red chegou... com 26 dias de ciclo. Nunca tive um ciclo tão curto. Me irrita isso de nunca ter data certa para chegar. Me irrita ele ter chegado. Mas ok, tento pensar que é melhor do que ele não vir e mesmo assim eu não estar grávida como já aconteceu antes.

Quando isto irá acabar?

Este mês marido resolveu tentar me alegrar e me deu um cachorro. Eu amo cachorros e tinha planos de voltar a ter um. Mas, nos meus planos, o auau só viria depois dos meninos. Seria um dia de festa, as crianças felizes e um filhotinho em casa.

Agora eu tenho um filhotinho em casa... Mas não tenho as crianças felizes...

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sábado, 14 de maio de 2016

A tão esperada consulta com o urologista

Desde do ano passado eu queria que marido fosse a uma consulta com um urologista. Desde que recebemos aquele primeiro resultado alterado no espermograma. Mas meu marido é um teimoso e disse que só iria se fosse por encaminhamento de algum médico. Eu tinha esperanças que o médico de reprodução encaminhasse ele. Mas não foi o que aconteceu. O médico disse que não havia nada comprovado que pudesse se fazer para melhorar até a normalidade a morfologia do espermograma, as vezes se consegue melhorar a quantidade e a mobilidade, mas melhorar a morfologia não. Essa parte de infertilidade masculina ainda está muito atrasada.

Na consulta com um novo médico de reprodução, o Dr Famosinho, enfim surgiu o encaminhamento para o urologista, não pude ir na consulta, marido foi sozinho.

Segundo o laudo de avaliação do urologista ele NÃO tem varicocele. Meu marido disse que o urologista confirmou que realmente não há muito o que se possa fazer para melhorar a morfologia. Se fosse varicocele a causa, até teria uma possibilidade... Mas como não é, realmente, não há muitas alternativas não.

Meu marido tem um peso normal, dieta balanceada de acordo com nutricionista, malha três vezes por semana, não fuma e não bebe. Então, desconfiamos que a causa da morfologia ruim é devido ao fato do meu marido ter sofrido um acidente durante a adolescência. Um acidente que lhe provocou três paradas cardíacas e meses de UTI com medicações fortíssimas.  Meu marido sobreviveu, infelizmente as seqüelas ficaram. Entre elas, um espermograma super alterado.


*Imagem retirada do google

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Após a consulta com o Dr Famosinho...

Refleti bastante.

Porque me irritei com o Dr Famosinho?

- Porque ele sugeriu que tentássemos até o final do ano por mera questão de protocolo. Segundo ele explicou, com a gravidez, é como se zerasse tudo e teoricamente teríamos que esperar mais 12 meses antes de buscar auxilio médico para investigar qualquer coisa.

- Aparentemente ou ele não olhou os exames que já fizemos ou simplesmente resolveu ignorar tudo por causa do bendito protocolo dos 12 meses.

- Fez julgamento sem nos conhecer. Qual a necessidade de fazer qualquer julgamento e dizer que fomos "apressados e precipitados"? Ele poderia ter abordado a questão de esperar mais tempo sem a necessidade de chamar ninguém de apressado e precipitado.

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Uma gravidez natural é impossível de acontecer? Não, tanto que já engravidei uma vez...

Só que meu psicológico já não é a mesma coisa de quando comecei a tentar engravidar. Teve toda aquela história de ter SOP e Endometriose e as GO insistirem que eu não tinha nada. Teve a gravidez e a viagem da GO me deixando abandonada em plena ameaça de aborto. Teve a ida à emergência e o atendimento ridículo que me deram. Teve o mês que fiquei presa em casa com ameaça de aborto até que realmente aconteceu o aborto, infelizmente passei por uma amiu e tive um péssimo pós operatório. Depois, teve a descoberta dos exames super alterados do meu marido e agora, além de tudo isso, descobri que tenho trombofilia.

Eu consigo voltar para casa e simplesmente tentar naturalmente até o final do ano? Sem chances.

1 - Tenho sop... isso significa que nem sempre ovulo, e se ovulo, pode ser que não seja na data certa. Como vou adivinhar quando brincar? Terei que brincar dia sim dia não o mês inteiro? Não tenho mais estrutura psicológica para namoro programado assim. Vocês sabem como é horrível, meses e meses fazendo isso. Eu já passei por isso 2015 inteiro. Se não brincar na época certa...Menos chances de gravidez.

2 - Quem tem SOP, também costuma ter deficiência de progesterona. Isso também dificulta a implantação do embrião. Menos chances de gravidez.

3 - Tenho endometriose, por mais que seja leve, causa um pouco de inflamação e isso também dificulta um pouco para os espermatozóides encontrarem com o óvulo e também dificulta um pouco implantação do embrião. Menos chances de gravidez.

4 - O espermograma do meu marido é extremamente alterado. Menos chances ainda de gravidez.

5 - Caso aconteça de engravidar, eu preciso iniciar o mais rápido possível a progesterona e a heparina, sob o risco de abortar novamente. Como eu vou fazer isso tentando naturalmente? Sem saber exatamente que dia acaba meu ciclo? Meu ciclo é irregular, não tenho como saber quando foi a concepção para contar 16 dias e fazer o teste... Não quero viver essa insegurança, imaginem como seria agoniante para mim. Vocês lembram que quando eu engravidei, eu fiz o beta e 30min depois de pegar o resultado eu já tava sangrando com ameaça de aborto? Devia ter iniciado a progesterona antes... mas eu não sabia que estava grávida e também nem sabia que precisava de progesterona (afinal, nenhuma médica quis se aprofundar para saber se eu tinha deficiência de progesterona ou não, na época eu não tinha completado 12 meses tentando)... Simplesmente esperei até o dia máximo que o red poderia chegar para poder fazer o beta.

Com essas reflexões, eu concluo que quero fazer algum acompanhamento sim.

Precisa ser FIV? Não. Poderia até ser coito programado, qualquer coisa, desde que fosse acompanhada de perto por algum médico pelo menos a parte hormonal e de ovulação.

Por que então não fizemos coito programado invés de fazer FIV? Já que coito é um tratamento de baixa complexidade e bemmmm mais barato. Porque com o diagnóstico de endometriose e a inflamação causada por ela, o indicado seria fazermos inseminação ou FIV.

Por que não fizemos então a inseminação? Porque com exames do meu marido as chances diminuem drasticamente, então, o indicado foi fazer a FIV com ICSI, onde eles podem fazer a seleção dos espermatozóides que são aptos a fertilizar o óvulo.

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Sim, quem olha de fora pode até achar que por não esperarmos novamente os 12 meses, somos "apressados". Só que eu sei que minhas decisões foram totalmente conscientes e embasadas. Não foram nenhum pouco precipitadas.

Sim, eu posso fazer o tratamento e novamente vir um negativo. É um risco... Do mesmo modo que posso ficar tentando naturalmente até o final do ano e também só ter negativos... Também é um risco.

Posso conseguir engravidar se ficar tentando até o fim do ano? Posso, há chances. Posso conseguir engravidar fazendo a FIV? Posso, há chances. São mil e uma possibilidades de futuro e todas estão na mão de Deus.

Penso que talvez valha a pena dar outra chance a esse tal Dr Famosinho, ele disse que apesar de não concordar, se fosse nossa vontade, ele faria a fiv/icsi agora. O meu receio é só que pelo fato dele não concordar, sua dedicação seja menor do que seria se fosse outra paciente com a qual ele concordasse. Tipo dele ficar enrolando, mandando fazer e repetir mil e um exames até chegar o final do ano. Mas, se ele for realmente profissional, isso não irá acontecer.



quarta-feira, 11 de maio de 2016

Dr Famosinho... A decepção?

 Em março havia agendado uma consulta com esse Dr Famosinho, seria em maio, pois estava aguardando uns exames saírem.

Chegou no final de abril e os exames que estava esperando, acabaram por sair antes do prazo. Aí faltava uma semana para a consulta que estava agendada e liguei para saber se teria como adiantar a consulta. Disseram que não, agenda lotada.

A consulta cairia numa segunda. Quinta me ligaram dizendo que na segunda, o dr Famosinho não iria atender. Queriam me remarcar. Adiantaram para sexta a noite. Na sexta a tarde me ligam para cancelar a consulta e reagendar novamente. ¬¬  Me colocam para o dia seguinte.

Me arrumo, pego os milhares de exames que já fizemos e vamos. A clínica fica perto de casa.

Chegamos lá e a recepção está lotada, contei seis casais. Nos entregam um questionário sobre histórico médico para responder. Achei interessante, no outro médico de reprodução não teve nada parecido.

Com algum tempo de atraso, entramos na consulta.

Conto toda a história...

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Quando eu tinha uns quinze ou dezesseis anos, um médico me falou que eu tinha a síndrome de ovário policístico - SOP, disse que ela não tem cura e essas coisas todas... e que eu precisaria procurar ajuda quando fosse engravidar... Tomei uns quinze anos de anticoncepcional por causa disso.

Em novembro/2014, parei o anticoncepcional porque queria engravidar.

Não tive ciclos, em dezembro e nem em janeiro, mas sentia umas pontadas no lado esquerdo, achava que eram cistos, achava que era a SOP dando as caras. Procurei a GO que me atendia desde que me casei. 

A GO fez os exames básicos, preventivo, ultrassonografia transvaginal, hemograma, exames hormonais. E simplesmente disse que não tinha cistos, que eu não tinha SOP e que era para eu perder peso. Não me explicou porque eu estava sem ciclo, não me explicou como que eu não poderia ter SOP, se SOP não tem cura...

Entrei numa mega depressão. Achando que tinha tomado quinze anos de remédio sem necessidade. E as pontadas sem explicação, embora leves, do lado esquerdo me preocupavam muito.

Meu ciclo voltou em fevereiro e ficou doido. Variava de dias... de 29 dias até 35 dias. Eu também estava com spottings antes da menstruação.

Em agosto, consegui melhorar um pouco o humor e comecei a fazer academia cinco vezes por semana, para ver se melhorava o peso e a minha qualidade de vida. Também consegui finalmente tomar a atitude de procurar outra opinião médica.

A "nova GO", fez novamente todos os exames: preventivo (constatou uma feridinha no colo do útero que foi tratada e os spotting pararam depois disso); hemograma, exames hormonais e ultrassonografia transvaginal. Novamente, descartaram a SOP. Continuei sem entender...

A "nova GO", então suspeitou de "Endometriose". Pediu alguns exames: CA 125, Histerossalpinografia, mapeamento para rastreio de endometriose e espermograma. Disse que dependendo do resultado me encaminharia para um especialista. Essa consulta foi em setembro. 

O exame de mapeamento estava marcado para o dia 09.10 e os demais estava dependendo do dia que o RED iria chegar.

Só que enquanto eu esperava, chegou o dia 37dc, e RED não veio. Eu fiz um beta HCG e deu POSITIVO. \o/ A felicidade durou exatos 30min, comecei a sangrar.

Fui para a clinica da "nova GO", ela estava viajando. A clinica me mandou para a emergência. Na emergência fizeram exames, o ultrassonografista disse que tinha saco gestacional com descolamento e um risco enorme de aborto. A médica plantonista me atendeu no corredor do hospital simplesmente dizendo: "Está abortando mesmo, volte para casa, espere sair uma bolinha e se continuar sangrando depois de três dias, volte aqui para fazer uma curetagem."

No dia seguinte, liguei para remarcar meu exame de endometriose, remarquei para dia 04.12 e depois ligamos para a clinica da "nova GO", onde existem outros GOs... não conseguimos nenhum que atendesse a gente. Fiquei desesperada. Encontraram uma Ginecologista que se solidarizou com a situação e nos atendeu como encaixe de emergência. 

Ela pediu outro Beta HCG que constatou que eu não estava abortando, o HCG aumentou, mas não dobrou. Passou progesterona 200mg, repouso e ultrassom com 15 dias. 

15 dias depois, novo ultrassom. Embrião com batimentos cardíacos 130. Mas descolamento com 84% da área do saco gestacional. Levamos para Ginecologista, ela disse "diagnóstico reservado. Precisa ter fé e acreditem em milagres". Aumentou a progesterona para 400mg, repouso e ultrassom com 15 dias.

Dois dias depois, fomos para um Obstetra de alto risco. Que fez outro ultrassom na hora e constatou descolamento com 45% e a idade gestacional diferente da que seria DUM. Possível explicação: ovulação tardia. Deu as mesmas indicações: progesterona 400mg, repouso e ultrassom com 15 dias.

15 dias depois, estaria com 9 semanas pela idade que o obstetra havia dado. Embrião sem batimentos cardíacos, com tamanho compatível com 7 semanas. Aborto retido. Suspender a progesterona e definir o que seria feito.

Aguardei alguns dias e optei por realizar uma AMIU, dia 11.11.

Quinze dias depois da amiu, fiz enfim o exame de mapeamento da endometriose... e a ultrassonografista me deixou louca.

Ela disse que tinha um MIOMA de 1cm na parte interna do seu útero, ele causa problemas para implantação. E não entendia como não tinham visto isso. Falou também que tinha um CISTO no seu ovário esquerdo. E que tinha FOCOS DE ENDOMETRIOSE em ambos os ovários e ligamentos.

Ela disse que tinha que fazer a histerossalpinografia para avaliar as trompas, mas que só poderia ser feita apos a menstruação aparecer, que existia medicação para agilizar isso. Disse que teria que realizar cirurgia de videohisteroscopia para tirar o mioma e que possivelmente teria que fazer uma videolaparoscopia e que havia grandes chances de encontrar mais focos de endometriose. Bem, me mandou ir conversar com algum médico e avaliar o que faria.

Fomos para um especialista em reprodução.

O médico, primeiramente, disse que com certeza eu tinha a síndrome de ovário policístico SIM, porque eu tenho o todo o biótipo da síndrome. Disse que as GO por não terem visto cistos, já descartaram de cara. Mas que a síndrome não se caracteriza só pela presença de cistos. Então, teria que fazer pelo menos um acompanhamento seriado hormonal e da ovulação para saber, coisa que elas não fizeram.

Olhou o laudo do exame de endometriose e disse que eu tinha sim, mas que aparentemente ela era grau leve, já que eu engravidei naturalmente. Falou que, apesar de tudo que disse a médica que realizou o exame, ela não quis se comprometer muito e nem classificou o grau dos focos. Ele notou pelo laudo que ela estava meio insegura e, que, por isso, ele não indicaria uma cirurgia só para tirar essa dúvida. Ele acha que primeiro devemos tratar as demais coisas para depois nos preocuparmos com isso.

Primeiro, ele falou que eu teria que voltar a tomar anticoncepcional assim que meu ciclo voltasse, para garantir que eu teria o próximo ciclo e garantir que eu não engravidasse nesse meio tempo já que poderia ter outro aborto pois estava com esse mioma.

Ele disse que o mioma realmente precisava ser tirado, devido a sua localização. Ele pode ter provocado o aborto. Falou que faríamos uma videohisteroscopia para retirar ele.

No próximo ciclo, já tomando anticoncepcional, eu poderia então fazer a histerossalpinografia e a videohisteroscopia e alguns exames hormonais.

Depois, faríamos uma avaliação da SOP e todas as implicações hormonais e na ovulação. Disse que essa questão hormonal, também poderia ter sido a causa do aborto, já que começaram a progesterona muito tarde, já após o inicio do descolamento, e que me deram baixa quantidade de hormônio. Dizendo ele, que eu precisaria de uma dose de uns 600 a 800mg ao dia.

Ele fez solicitação de exame também para meu marido.

Após ver os exames, o médico disse o tratamento mais indicado seria partimos direto para a FIV/ICSI. A histerossalpinografia veio tudo ok nas trompas, mas no útero veio indícios de um possível pólipo ou mioma (o que já era esperado...).

Fiz a videohisteroscopia cirúrgica e tudo que encontraram foi um espessamento, foi feito biopsia. Tudo não passava do endométrio fazendo curvinha. Bem, melhor assim. Nada de pólipo e nem de mioma.

Março. Fizemos a fiv e o resultado foi negativo.

Na consulta pós negativo, o médico de reprodução disse que devido ter tido o aborto, a falha de implantação na fiv e ao fator masculino severo, ele pensava na possibilidade de termos problemas genéticos, nos recomendou fazer a biopsia dos embriões na próxima tentativa. E nos passou exame de fragmentação espermática e cariótipos para o casal. Ele também falou que em uma próxima tentativa usaria heparina. Com essa indicação, eu pedi para fazer exames de trombofilia para realmente ver a necessidade disso. Então, o médico de reprodução solicitou alguns exames de trombofilia.

Abril. Os exames de trombofilia, veio uma alteração na MTHFR (homozigoto no A1298C) ... Com isso, decidi procurar um hematologista para que ele analisasse tudo mais profundamente. Na consulta com o hematologista, ele olhou os exames e disse que estavam faltando diversos exames a serem feitos e que só poderia falar algo com todos os exames em mãos, então ele fez as solicitações de mais alguns exames e alguns vieram alterados, mas ainda não tinha voltado para a consulta de retorno.

Bem, era isso, estávamos lá.

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O Dr Famosinho começa dizendo que fomos apressados, que devíamos ter tentando mais tempo. Que éramos jovens e podíamos ficar esse tempo a mais tentando. Ele disse que por ele podíamos ficar até o final do ano, nas tentativas naturais. Mas que ficava muito complicado agora regredir, já que chegamos lá até com fiv feita. Quem tem 70% não quer voltar a ter 15%. Então se quiséssemos fazer novamente uma fiv, ele não se oporia.

Ele disse que passaria um exame chamado "fragmentação espermática". Só que eu já tinha entregue para ele este exame, acabamos de fazer. Aí eu disse "nós acabamos de fazer este exame". E entreguei novamente para ele.

Aí ele olhou e disse: "ta ruim". Sendo que o exame de fragmentação está normal, o que está alterado é a mobilidade... que também está alterado em todos os exames... Ele falou muito que a mobilidade está péssima, só que em nenhum momento falou sobre morfologia. E se vocês lembram, a morfologia foi a principal causa de sermos indicados para fiv/icsi. Dá até a impressão que ele nem olhou o exame direito, pois não comentou nada em relação a isto.

Ele passou uma ressonância para mim, dizendo que achou a história do mioma muito mal explicada. E encaminhou o marido para uma avaliação com o urologista. Também solicitou uma US e alguns exames de sangue pro marido.

Em relação a trombofilia, não fazia diferença porque ele já usa heparina com todas as pacientes dele e provavelmente a única coisa que mudaria é que continuaria aplicando por toda a gestação.

Falei que o outro médico de reprodução com quem fizemos a primeira fiv, tinha recomendado fazer a biopsia dos embriões. Aí o Dr famosinho disse que fazer biopsia nos embriões nessa atual circunstancia, seria só dinheiro para o laboratório. Essa biopsia é indicada no caso de mulheres mais velhas que apresentam mais chance de ter embriões com alterações.

Ele explicou mais ou menos como costuma ser o protocolo de fiv/icsi dele. Que ele prefere fazer a indução, puncionar, fertilizar e congelar. Aí nesse mesmo ciclo da indução, ele prescreve uma medicação para diminuir a inflamação da endometriose, faz a injuria no endométrio e só no outro ciclo que transfere.

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Sai da consulta sem chão. Como que é que o médico teve coragem de dizer que fomos apressados? E o pior, como que ainda por cima, fez a recomendação de esperarmos até o final do ano para ver se engravidamos naturalmente sendo que nossos exames indicam que as chances são baixíssimas?

Em contrapartida, achei o protocolo do dr famosinho mais interessante que a do outro médico de reprodução com quem fiz a primeira fiv/icsi.

Estou em conflito que achei esse médico muito babaca, ele me fez me sentir péssima com essa história de dizer que "fomos apressados".  É como ele tivesse ignorado tudo que aconteceu conosco até aqui e todos os exames alterados que mostramos. Mas, aqui no meu estado, e na região nordeste inteira, ele tem muito renome e muitos resultados positivos... Será que ele consegue ser profissional apesar de expressar claramente que é contra fazer a fiv agora? Será que ele é assim sempre ou estava num dia ruim? Pois a grande maioria das pacientes dele com a qual tive contato, costuma falar bem dele.

Então, estou meio perdida. Ignoro e faço tratamento com esse dr famosinho mesmo assim? Ou volto para o outro médico de reprodução?

domingo, 8 de maio de 2016

Feliz Dia do "Ano Que Vem É Você"


Texto recebido em grupos de zap


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Desde que eu era bem, mais bem pequena mesmo eu queria ser mãe. Queria ser mãe e médica.  Mas muito, muuuuuito mais mãe que médica.  Se Deus me falasse: 'ou um ou outro!', responderia, sem titubear: 'Quero ser mãe, Senhor.' Deus me deu esse presente maravilhoso da maternidade e sou grata a Ele todos os dias da minha vida por essa benção.

Hoje as mães foram todas homenageadas da mais linda maneira possível.  Todas lembradas, presenteadas, famílias almoçando juntas...  Que sentimento gostoso, né?

Então. Para muitas pessoas hoje foi um dia difícil.  Talvez um dos mais difíceis do ano.

Essas pessoas estão esperando neném.

Não, elas não estão grávidas. Grávidas não esperam neném.

Grávidas somente esperam o tempo passar, o bebê crescer e a hora certa dele sair da barriga.

Quem realmente espera neném SÃO AS TENTANTES.

Você sabe o que é uma TENTANTE?

Uma tentante é alguém QUE ESTÁ TENTANDO ENGRAVIDAR.

Desde que comecei a me dedicar à elas, as tentantes, meu coração nunca mais conseguiu passar um dia das mães plenamente feliz por saber o quão destruídas elas estão se sentindo no dia de hoje.

Destruídas, arrasadas, frustadas. Tristes, em depressão, algumas vezes. Se sentindo incapazes.  Incompletas.  Incompetentes. Menos humanas que as humanas que estão conseguindo procriar. Devastadas.



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- Quantos anos mais vou ter que esperar até poder comemorar o MEU Dia das Mães?

-  Será que um dia esse MEU dia de comemorar vai chegar?  

Algumas já praticamente perderam as esperanças.

Algumas já não aguentam mais esperar.

Algumas fingem que não esperam mais.

Algumas fingem que não dói mais.

Algumas estão com a barriga roxa de remédios.

Algumas preocupadas com seus embriões congelados lá dentro do butijão de nitrogênio com outras centenas, milhares de embriões.

Todas com o mesmo pensamento:
- Será que uma hora vai chegar?

Será que um dia o MEU Dia das Mães vai chegar?



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A elas hoje dedido a minha admiração, o meu apoio, a minha lágrima, o meu ombro, a minha vontade de saber mais a cada dia para poder ajudá-las cada vez mais.

Todas hoje, sem exceção, estão com os braços e corações vazios. 

Precisando de um abraço.  Sem discursos.  Sem palavras.

Um silêncio cúmplice.  Só isso.

Que ano que vem possa estar comemorando com vocês a vitória que vamos conseguir esse ano, se Deus quiser, em nome de Jesus. 

Um abraço BEM APERTADO em cada uma de vocês.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fatores de trombofilia? Heparina? Causa do aborto?

Oi

Lá venho eu me lamentar aqui novamente.

Eu estava pirando com aqueles resultados dos exames e não resisti. Mandei um e-mail pro hematologista falando que estava preocupada. Falei apenas da alteração do exame do fator VIII que foi muito alta, 231%, perguntei se era muito sério essa alteração. Com base nesse resultado, ele respondeu:

" Sim, este aumento significa que você tem um risco de formar coágulo desnecessário, em alguma parte do seu corpo, quando estiver em situação especial, tipo, gravidez, cirurgia de grande porte, etc. "

...

Bem, então acho que isso confirma que os resultados seriam mesmo indicativo de trombofilia.

Passei incontáveis horas pesquisando sobre as alterações nos exames, mas com essa resposta do hematologista, talvez, apenas esperar a consulta de retorno seja melhor.

Antes, eu achava que a heparina seria ministrada só durante os três primeiros meses e apenas porque seria FIV. Se não fosse FIV, talvez nem chegasse a usar. Pois a única alteração que tinha dado era a MTHFR (homozigoto na A1298C), a homocisteína estava normal. Afinal, segundo pesquisei, alguns médicos ainda insistem em dizer que essa mutação não apresenta riscos e não está ligada a abortos. Eu teria que gastar muito latim para argumentar se realmente não era o caso de usar a Heparina a gravidez inteira.

Mas depois apareceu a mutação do polimorfismo PAI 4G/5G, o fator IX e o fator VIII elevados... Bem, agora, penso que usar heparina durante a gravidez não será mais uma questão de argumentação... Acredito que provavelmente, haverá realmente uma recomendação médica para tal.

Pouca coisa se tem falando do polimorfismo PAI, mas pelas pesquisas que fiz, vi que ele pode estar ligado a abortos precoces, tipo igual ao meu, antes de chegar as 12 semanas. Então agora, fico pensando que não era só causa hormonal, talvez a trombofilia também tenha atrapalhado.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

Bomba relógio?

Fiz a coleta dos exames do hematologista na terça (26.04.16). A partir de quinta começaram a sair os primeiros resultados.  

Lembram que antes da consulta a única alteração encontrada tinha sido a MTHFR homozigoto no A1298C? Poiseh... Aí saiu a homocisteína que era a minha grande preocupação, mas, aparentemente, com ela está tudo ok. ;) Bem, tirando o fato do hematologista ter dito antes de passar o exame que ela deveria dar abaixo de 5 independente da referência do laboratório (a referência do laboratório é de 5 a 12), a minha deu 5,6 mas está próximo de 5, então acho que dá para desconsiderar, né?

Depois é que tudo começou a complicar.

De repente me deparo com um dos resultados com um aviso me chamando a atenção "repetido e confirmado nesta amostra". Vou olhar, era o resultado do Fator VIII, o resultado veio 231% O.O  a referência dele é 50 a 150%

Depois vejo o fator IX, resultado 154,3%, a referência de 70 a 120%

Von Willebrand, resultado 163%, referência de 50 a 160%  

Proteína C, resultado 155%, referência 70 a 150%

Polimorfismo do Gene PAI1, resultado 4G/5G, referência 5G/5G

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Provavelmente agora está confirmada a trombofilia. Acho que dessas alterações a única que não é negativa é a da proteína C.

...

O retorno com o hematologista para mostrar os exames é só no fim de maio, até lá, estou me sentindo praticamente uma bomba relógio O.O Afinal, trombofilia é a tendência a ter tromboses.