quarta-feira, 19 de abril de 2017

Mais filme...

O amor de um pai

Sinopse:

John (Drew Seeley) e Kathy (Britt Irvin) são um casal prestes a ingressar na faculdade, quando descobrem a vinda do primeiro filho. Por não aguentar tamanha responsabilidade, Kathy abandona a família. Agora, John precisará manejar a vida de pai solteiro, estudante e trabalhador.

Assistir no youtube: 

terça-feira, 18 de abril de 2017

:: Resultados :: Após alteração da dosagem ...

Saíram os resultados dos últimos exames que marido fez a pedido do médico.

Para relembrar, tínhamos iniciado vitaminas e um medicamento em Novembro 2016. Em janeiro 2017 refizemos exames e o médico alterou a dosagem do medicamento que marido tava tomando. Agora, em Abril 2017, novamente refizemos os exames.

Início das vitaminas do marido: http://aguardandodestino.blogspot.com.br/2016/11/inicio-das-vitaminas-do-marido.html

Retorno médico de reprodução: http://aguardandodestino.blogspot.com.br/2017/03/retorno-medico-de-reproducao.html

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Analises Hormonais:

(Relembrando resultados anteriores...)

Maio 2016 Hormonais
Testosterona total:
Testosterona livro:
Testosterona biodisponível:
Estradiol: 33,1 pg/mL
TSH: 1,347 uUI/mL
FSH: 3,4 mUI/mL
SHBG: EXAME NÃO SOLICITADO

Março 2017 Hormonais (solicitados pela nutricionista)
Testosterona total: 727 ng/dL
Testosterona livre: 9,53 ng/dL
Testosterona biodisponível: 223,30 ng/dL
Estradiol: EXAME NÃO SOLICITADO
TSH: 1,106 uUI/mL
FSH: EXAME NÃO SOLICITADO
SHBG: 70,40 nmol/L

O exame mais atual:

Abril 2017 Hormonais
Testosterona total: 572 ng/dL
Testosterona livre: 5,83 ng/dL
Testosterona biodisponível: 136,73 ng/dL
Estradiol: 49,8 pg/mL
TSH: EXAME NÃO SOLICITADO
FSH: EXAME NÃO SOLICITADO
SHBG: 89,70 nmol/L

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Analises seminais:

Para ajudar:

(Relembrando resultados anteriores...)

Dezembro 2015 (espermograma com capacitação)

-Concentração total 17 milhões/ML, quando a referência é maior ou igual a 1,5milhões/ML
-Total de espermatozóides por ejaculado: 42,50 milhões, quando a referência é maior ou igual a 22,5 Milhões
- Mobilidade A+B 15%, quando a referência é maior ou igual a 30%
- Morfologia de Kruger 1%, quando deveria ser, pelo menos, de 4% para cima.
- Índice de Teratozoospermia 1,79 quando a referência é menor que 1,6
- Índice de deformidades espermáticas 1,77 quando a referência é menor que 1,6

Março 2016 (fragmentação de DNA espermático)

-Concentração total 43,3 milhões/ML, quando a referência é maior ou igual a 1,5milhões/ML
- Total de espermatozóides por ejaculado: 181,86 milhões, quando a referência é maior ou igual a 22,5 Milhões
- Mobilidade A+B 21%, quando a referência é maior ou igual a 30%
- Fragmentação 13%, quando a referência para valores normais é menor que 15%


Janeiro 2017 (espermograma com capacitação)
*após três meses de uso de L Carnitina, L Acetil Carnitina, Vitergan Pl Zinco e Clomid...

-Concentração total 3,01 milhões/ML, quando a referência é maior ou igual a 1,5milhões/ML
-Total de espermatozóides por ejaculado: 8,73 milhões, quando a referência é maior ou igual a 22,5 Milhões
- Mobilidade A+B 70%, quando a referência é maior ou igual a 30%
- Morfologia de Kruger 2%, quando deveria ser, pelo menos, de 4% para cima.
- Índice de Teratozoospermia 1,73 quando a referência é menor que 1,6
- Índice de deformidades espermáticas 1,70 quando a referência é menor que 1,6

O exame mais atual:

Abril 2017 (espermograma com capacitação e fragmentação de DNA espermático)
*após cinco meses de uso de L Carnitina, L Acetil Carnitina, Vitergan Pl Zinco e Clomid (com redução da dosagem do Clomid)

- Concentração total 6,2 milhões/ML, quando a referência é maior ou igual a 1,5milhões/ML
-Total de espermatozóides por ejaculado: 19,22 milhões, quando a referência é maior ou igual a 22,5 Milhões
- Mobilidade A+B 32%, quando a referência é maior ou igual a 30%
- Morfologia de Kruger 2%, quando deveria ser, pelo menos, de 4% para cima.
- Índice de Teratozoospermia 1,57 quando a referência é menor que 1,6
- Índice de deformidades espermáticas 1,54 quando a referência é menor que 1,6
- Fragmentação 20 %, quando a referência para valores normais é menor que 15%

Perceberam o que aconteceu?

...

Bem, esperar o que o médico vai dizer.

Agora ta faltando só o meu exame de ultrassom...

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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Filmes da Semana Santa...


Milagres no paraíso

Sinopse:

Christy (Jennifer Garner) e Kevin Beam (Martin Henderson) são pais de três garotas: Abbie (Brighton Sharbino), Annabel (Kylie Rogers) e Adelynn (Courtney Fansler). Eles vivem em uma confortável casa, junto com cinco cachorros, e acabam de abrir uma clínica veterinária, o que fez com que tivessem que apertar os cintos e hipotecar a casa. Cristãos convictos, os Beam vão à igreja com frequência. Um dia, Annabel começa a sentir fortes dores na região do abdomem. Após muitos exames, é constatado que a garota possui um grave problema digestivo. Tal situação faz com que Christy busque a todo custo algum meio de salvar a vida da filha, ao mesmo tempo em que se afasta cada vez mais de sua crença em Deus.



O céu é de verdade

Sinopse:

Todd Burpo (Greg Kinnear) é o pastor de uma igreja em Nebraska, que conta com uma congregação bastante fiel. Casado com Sonja (Kelly Reilly), ele enfrenta uma situação complicada quando seu filho, Colton (Connor Corum), precisa ser operado às pressas devido a uma apendicite. Após se recuperar, o garoto diz ao pai que anjos vieram cantar para ele durante a operação. Todd pergunta mais sobre a experiência e fica espantado quando Colton lhe diz que viu situações que ocorreram quando o garoto não estava desperto. Convicto de que o filho visitou o paraíso, Todd passa a questionar sua própria fé naquilo que pregava até então.




O milagre de Cokeville

Sinopse:

As crianças insistem em tentar provar que o que aconteceu em sua escola primária foi um milagre, mas os adultos torcem o nariz para esta versão. Baseado em fatos reais, o filme conta a história das crianças que, em 1986, foram mantidas reféns em sua escola, na pequena cidade de Cokeville, e afirmam que coisas mirabolantes aconteceram no local.




sábado, 15 de abril de 2017

O mundo não gira em torno disso...Ou gira?


Depois querem dizer que o mundo não gira em torno deste assunto. 
Que somos nós que não conseguimos esquecer...

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Como estão as coisas por aqui

"No ultimo episodio da saga de tentante..." eu tinha contado que o médico de reprodução havia prescritos exames para marido e para mim. Para meu marido, pediu exames hormonais e também o índice de fragmentação de DNA espermático.

Fiquei imaginando se poderia fazer junto um espermograma de capacitação para aproveitar a ida a clinica de exames. Seria interessante poder saber se o alteração na dosagem do Clomid teria feito algum efeito ou não.

Fiquei na dúvida. Liguei para a clinica para perguntar se conseguiria fazer os dois exames em uma coleta só. Eles disseram que poderia sim e que inclusive era o indicado a fazer que saia muito mais em conta fazer os dois exames juntos. Em março do ano passado não me deram essa informação, e fizemos apenas o exame de fragmentação, pois para fazer dois exames estava saindo quase mil reais. 


Agendei uma data e decidi que, dessa vez, eu iria junto para acompanhar e ter certeza se os papeis do cadastro seriam preenchidos corretamente. No exame passado não fizeram a capacitação. Eu não sei se foi porque a amostra era insuficiente. Ou se foi porque esqueceram. Ou se foi porque não havia necessidade da capacitação.

Mesmas orientações de sempre:
Abstinência sexual de 2 a 5 dias e abstinência de álcool por, no mínimo, 48h.



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No dia agendado, também fomos fazer os exames hormonais. Era estranho entrar no laboratório só como acompanhante. Tantas vezes fui para lá na expectativa angustiada de levar uma furada no braço.

Dessa vez, estava indo apenas para ficar sentada esperando. Talvez até tomar um cafezinho com leite e comer uns biscoitinhos.

Como não havia necessidade de jejum e nem de horário certo para saírem os resultados, fomos um pouco mais tarde, na inocência que aquele laboratório que fica ao lado da clinica costumasse ser mais lotado mais cedo, por conta das pacientes em tratamento que são orientadas a ir para lá realizar os exames de sangue cedinho.

Que engano. Estava lotado. Deu uma aflição de perder o horário agendado para o outro exame. No fim, deu certo. Conseguimos sair antes de ficar atrasados. O plano de saúde, desta vez, não colocou empecilhos em autorizar os exames.



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A outra clinica estava muito vazia. Só tinha nós e uma senhora na recepção. Foi meio constrangedor o silencio... Já que acabava que tudo que falávamos na recepção era possível escutar.

Enquanto esperava, um médico apareceu para conversar com a senhora. Aparentemente, a filha dela estava em procedimento, realizando uma punção. 


Fiquei fazendo conjunturas mentais. Seria um caso de produção independente? Ou apenas o parceiro não pôde ficar acompanhando e ela pediu que a mãe dela a acompanhasse?

Poucos minutos depois fomos embora.
Agora, aguardar os resultados.



domingo, 9 de abril de 2017

Solução Rápida

Da série: As mentiras que nos fazem acreditar...

Essa historinha que encontrei no blog da Letícia (http://umdiamae.blogspot.com.br/2013/07/o-que-esperar-da-fiv-para-as-recem.html) ilustra bem o tamanho da ilusão.

Ontem fui visitar uma amiga e ela me contou uma história ótima.
Ela estava na fila da farmácia da Huntington, quando uma moça chega para comprar os medicamentos para a primeira FIV dela. Ela disse que queria comprar apenas a quantidade exata do tratamento afinal ela só faria uma vez já que o caso dela era simples. Aí quando a moça soube que minha amiga estava na quarta estimulação. Arregalou os olhos, fez cara de pena e perguntou: "Seu caso é grave??!" Minha amiga respondeu com compaixão: "Ah sim... Com certeza!!"

Como a própria Letícia explica no post dela, a resposta da amiga dela foi um sarcasmo, uma gozação com a cara da moça.

As vezes é um médico mal intencionado, as vezes é a própria sociedade, a mídia que vende a idéia que de "solução rápida"...

Mas sabe o que isso faz? Criam essa ilusão e deixam as expectativas da pessoa lá no alto. O que acontece quando não se confirmam as expectativas? A pessoa cai... cai no fundo do poço. Fica desiludida, se achando uma incapaz. Porque SÓ COM ELA que não dá certo?

As pessoas não sabem que em FERTILIDADE não existe isso de  "coisa simples". São degraus... Você vai subindo. É triste essa história? É, mas é a verdade. 

As vezes, dá certo de primeira sim. Mas na maioria das vezes, não. 

É questão de ajustar as expectativas... Como quando você está nadando e precisa chegar lá do outro lado. 

Se nadar rápido demais, ficará cansada logo e não terá forças para chegar. 

Se você for devagar demais, não sairá do lugar e também não chegará. 

Mas se você nadar em uma velocidade média... minha amiga, pode até demorar um pouquinho...Entretanto, Você vai chegar lá!

Mirem a chegada e ajustem suas expectativas.

Comecem a dar as braçadas!

sexta-feira, 7 de abril de 2017

As pessoas fingem que se importam com fetos.


As pessoas fingem que se importam com fetos. Quando temos aborto espontâneo vemos que não’

por Kiwi Bertola

“As pessoas fingem que se importam com fetos. Isso é uma grande mentira, ninguém dá a mínima pra eles. A questão é que obrigar a mulher a ser mãe é uma forma de controle, e ter controle sobre as pessoas é bom. Ou você tem dinheiro (outra forma de controle) pra abortar seguramente ou morre, pois a morte também é… controle. É só isso. Eu perdi dois filhos: o Tomás, com quase sete meses de gestação, e a Amora, com três meses de gestação. Ninguém da minha família (fora eu e meu marido) conta essas crianças. Nossos amigos não contam essas crianças.

Pessoas que sabem que eu perdi meus filhos me perguntam quando serei mãe, porque, pra elas, ter engravidado e parido bebês mortos não me torna mãe. Só vale bebê vivo, aí você tem o aval, o carimbinho da maternidade.

Quantas mulheres que vocês conhecem sofreram abortos e perdas gestacionais? Quantas deram nomes a esses bebês? Cadê os túmulos desses fetos? Não existem. E nos atestados de óbitos estão lá aos montes: natimorto. Sem nome nem sobrenome. E quando tem atestado de óbito, porque uma gestação de três meses não te dá o direito de ter um documento desses.

Que sociedade cruel é essa que acredita que fetos são tão seres humanos quanto eu ou você e ao mesmo tempo não oferece um túmulo, um nome, um atestado de óbito? É porque de fato, lá no íntimo, ninguém acredita nisso.

Quando eu falo que sou mãe de dois filhos as pessoas acham que sou biruta. Estranham que dei nome pra Amora. ‘Mas você não perdeu com três meses? Porque deu nome?’

Perguntem às mulheres que perderam bebês quem se importou com eles. No hospital não queriam me deixar ver meu filho, pois ele era um feto (sim, foi isso que disseram).

A médica disse que não tinha problema se meu filho caísse na privada (onde me colocaram pra parir) porque ele já estava morto. É esse o respeito que um ser humano merece?

Quando fiz ultrassom pra ver se tinha de fato sofrido um aborto na gestação da Amora a médica me disse: ‘Que bom seu útero tá limpinho. Aquilo tudo já saiu, nem vai precisar de curetagem’. AQUILO.

Perguntem às mulheres que sofreram abortos espontâneos o tratamento VIP que tiveram no hospital. Nem consigo contar quantas vezes ouvi ‘Logo nasce outro’ (como se fosse fácil substituir pessoas) ou ‘Fica triste não, perder assim é normal’. Você fala assim de uma pessoa que perdeu um filho de 18 anos? Não. De um filho de 1 ano? Não. Mas de feto? Feto pode. Posso dar um milhão de exemplos de como a sociedade não considera fetos pessoas, tenham eles alguns dias ou 38 semanas.

Se ter filhos fosse absolutamente tão incrível e maravilhoso quanto a sociedade quer que a gente acredite, não tinha tanta criança abandonada no mundo! Só deve ser mãe quem quer. Homens já escolhem não ser pais por meio do abandono. Deixem as mães escolherem também, mas de uma forma mais digna que simplesmente virar as costas. Não sejam hipócritas.”

retirado de: http://azmina.com.br/2017/04/as-pessoas-fingem-que-se-importam-com-fetos-quando-temos-aborto-espontaneo-vemos-que-nao/

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Vamos parar de hipocrisia!

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Uma coisa que aprendi quando guerreirinho partiu foi que não se deve esperar empatia de ninguém. De ninguém.

Certa tarde estava eu contando a minha saga contra infertilidade e simplesmente escuto um comentário "você é rica." Fiquei perplexa. Não acreditava que tinha ouvido tal coisa.

É sério isso?

Tudo se resume a dinheiro?

Todo sofrimento que a pessoa passa, não significa nada?

Ter infertilidade, não significa nada?

Um filho que virou anjo, não significa nada?

Que sociedade é essa tão hipócrita? Onde doença não é vista como doença e tratamentos médicos são vistos como "luxo".

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Não raro quando se fala de "fiv" escutamos isso... Que é coisa de revista. Só artista e gente rica. Que fazem porque querem ter gêmeos...

Meus caros. Fiv é um tratamento para infertilidade e, acredite, NINGUÉM gostaria de passar por isso sem ter necessidade.

Para desbancar esse argumento que é "coisa de gente rica". Você, que pensa assim, sabe o que as pessoas fazem para poder fazer um tratamento desse? Ralam muuuuuuito. Se viram nos 30 e conseguem pagar. Não, não vem de mão beijada. Vem de muita luta e vários sacrifícios.

Já conheci mulheres que doaram seus óvulos para poder conseguir um desconto no tratamento.

Já conheci mulheres que venderam as suas casas e carros.

Já conheci mulheres que fizeram rifas.

Já conheci mulheres que vendiam empada e quentinha.

Já conheci mulheres que ficaram totalmente endividadas...

Tantas histórias...

Tudo para poder fazer esses tratamentos.

Não é um luxo... É um TRATAMENTO MÉDICO para uma doença chamada INFERTILIDADE.

Se estivéssemos falando de uma cirurgia para câncer que custasse muito caro? Seria luxo? É muito fácil falar quando não é com você... Quando não é você que precisa...

E quando não dá certo de primeira (o que não é raro)? Que são duas, três, quatro... tentativas? Já imaginou o tanto que a pessoa sacrificou a vida com esses tratamentos?

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A mídia também não ajuda. Fica plantando a idéia que fiv é algo simples, rápido e eficaz. Que sempre termina em gravidez e de gêmeos.

Não raro, a mídia chama inseminação de fertilização. Oh... São coisas muito diferentes. Massss eles não se dão ao trabalho de estudar melhor para informar corretamente a sociedade.

Não raro, as pessoas da revista tem vergonha de dizer que tentaram muito, que foi uma luta comprida e dolorosa até chegar ali naquela foto da barriga. Porque dizer? Se infertilidade é vista como um sinal de fraqueza. Algo que ninguém quer assumir que tem. Mais fácil fingir "Oh procurei o médico e no mês seguinte estava grávida, de gêmeos."

...

Não é fácil. E vamos parar com hipocrisia!





terça-feira, 4 de abril de 2017

Casal tem filho saudável a partir de fertilização com embriões anormais


por Kira Peikoff
The New York Times


Transferência de embriões congelados no Centro Nacional de Doações de Embriões em Knoxville, nos Estados Unidosimagem: Shawn Poynter/ NYT/Reprodução
O casal queria um filho, mas os embriões masculinos que haviam escolhido –os únicos disponíveis depois de um processo caro de fertilização in vitro– receberam um resultado preocupante após um teste.

Algumas células dos embriões com cinco dias de idade pareciam anormais, sem a presença do cromossomo 21, uma ausência que pode levar a problemas de desenvolvimento.

Muitos casais que estivessem realizando uma fertilização in vitro teriam repensado suas escolhas iniciais. Mas o casal de mulheres, uma de 48 e outra de 45 anos, preferiu arriscar com os embriões mesmo assim. E apesar dos testes iniciais, um bebê saudável nasceu em 2014.

“A gravidez toda foi uma montanha-russa emocional”, afirmou uma das mães. Elas preferiram manter o anonimato porque ninguém sabe que o menino não tem parentesco biológico com nenhuma das mães e elas preferem explicar isso para ele no futuro.

“Mesmo após o nascimento, precisei de uns dez minutos para tomar coragem e ver o rostinho dele. Mas acabei dando uma olhada, e ele parecia normal”, contou.

O teste utilizado nos embriões é conhecido como exame genético pré-implantação, ou PGS na sigla em inglês, uma biópsia realizada por meio da remoção de algumas células do embrião em desenvolvimento. Até poucos anos atrás, o PGS só era capaz de identificar se o embrião era normal ou anormal.

Agora, o sequenciamento genético de alta resolução de última geração permitiu uma visão mais clara do DNA, e os pesquisadores estão descobrindo algo surpreendente: cerca de 20% dos embriões contam com células normais e anormais e o percentual aumenta com a idade da mãe.

Há muito tempo se sabe da existência dos embriões-mosaico, mas foi apenas no ano passado que eles passaram a ser detectáveis durante um ciclo ativo de inseminação artificial.

Ao menos alguns desses embriões parecem se transformar em crianças saudáveis. O filho do casal de mulheres é um dos dez bebês saudáveis nascidos recentemente a partir de embriões-mosaico, conforme relatado por grupos de pesquisa em Nova York e na Itália, com um índice de sucesso de cerca de 40%.

Os nascimentos causaram controvérsia entre os especialistas em fertilidade sobre o que fazer caso os embriões-mosaico sejam os únicos viáveis depois de uma inseminação artificial. Os pais deveriam descartá-los em decorrência da presença de anormalidades? Ou implantá-los com a esperança de uma gestação normal?

“Todos os programas de pesquisa temem jogar fora um embrião saudável, mas, por outro lado, o mosaico de células normais e anormais nem sempre representa algo positivo. Agora estamos prestando atenção a esses mosaicos, mas não sabemos exatamente o que fazer com eles”, afirmou Richard Scott, fundador e diretor de laboratório da Reproductive Medicine Associates, em Nova Jersey.

À medida que um embrião se divide rapidamente após a fertilização, erros durante a divisão celular produzem linhagens anormais entre as células. Se essas células morrerem e o embrião for capaz de se corrigir, ou caso as células anormais acabem segregadas na placenta, o embrião pode se transformar em um bebê normal.

Mas caso as células anormais se proliferem no embrião, ele provavelmente não conseguirá se desenvolver no útero, causando um aborto espontâneo ou, mais raramente, o nascimento de uma criança com problemas graves.

Norbert Gleicher, diretor do Centro de Reprodução Humana de Nova York, decidiu implantar embriões aparentemente anormais em um experimento depois de ficar cada vez mais desconfiado. Ele questionou se uma biópsia que examina de cinco a dez células aleatórias da camada exterior de um embrião de 200 células representaria de forma confiável a realidade celular no interior do embrião, onde o feto realmente se desenvolve.

“Não acredito na hipótese biológica de que com uma única biópsia seria possível determinar se o embrião é normal ou anormal no que tange a seus cromossomos”, afirmou.

Durante o encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva no ano passado, Gleicher falou sobre o nascimento de três bebês saudáveis a partir de embriões compostos por células normais e anormais. Desde então, registrou outro nascimento normal e está acompanhando outra gravidez normal.

Contudo, muitos médicos especializados em inseminações artificiais estão relutantes e confiam na precisão do PGS. Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, que ainda não foi publicado, revelou que a margem de erro na detecção de embriões normais é de apenas 1%.

E ao menos três estudos controlados e randomizados concluíram que o PGS é uma forma eficaz de melhorar os índices de gestações bem-sucedidas, reduzindo a frequência de abortos espontâneos.

“Posso dizer com segurança que nunca vi um exame médico com um impacto maior nos resultados clínicos na medicina reprodutiva”, afirmou Mark Hughes, cientista clínico e um dos pioneiros na pesquisa do desenvolvimento genético embrionário.

O que os especialistas ainda não sabem é em que lugar as células anormais dos embriões podem acabar parando; é impossível acompanhá-las à medida que elas se multiplicam. Até que mais dados surjam, muitos médicos continuam se negando a implantar embriões-mosaico.

“Não estamos certos de que esse conjunto limitado de bebês normais –que não são ainda crianças nem adultos– seja suficiente para permitir uma mudança nas políticas e padrões de prática clínica”, afirmou Mark Sauer, chefe de endocrinologia reprodutiva e infertilidade no Centro Médico da Universidade de Columbia.

Outros, como James Grifo, diretor do Centro de Fertilidade Langone, da Universidade de Nova York e autor de um dos novos estudos sobre a precisão do PGS, estão dispostos a transferir embriões-mosaico caso a paciente não conte com embriões normais e seja submetida a um aconselhamento genético.

“Os embriões-mosaico têm potencial reprodutivo, mas podem gerar tanto bebês saudáveis, quanto bebês com problemas de saúde e é impossível prever a gravidade desses problemas.”

Santiago Munné, diretor da Reprogenetics, um laboratório de PGS, elogiou a tecnologia avançada por ser capaz de identificar o mosaicismo apesar dos diferentes pontos de vista clínicos a respeito.

“Acho importante que identifiquemos uma terceira categoria, para não descartarmos nenhum embrião que tenha chance de se desenvolver”, afirmou.

Para o casal que resolve arriscar, aquele menino saudável é um lembrete –ainda que preocupante– das complexidades dos primeiros momentos do desenvolvimento embrionário humano.

Agora, com quase um ano e meio de vida, ele é “feliz, saudável, curioso e ri o tempo todo. Se não tivéssemos usado o embrião, ele teria sido descartado ou doado para a ciência. Nosso menino não existiria”, afirmou uma das mães.


Retirado de: https://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2016/04/20/casal-tem-filho-saudavel-a-partir-de-fertilizacao-com-embrioes-anormais.amp.htm

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Consulta pós negativo Indução/coito programado

Fiquei surpresa por ter conseguido essa consulta assim tão rápido. Esse médico é sempre lotado...

Cheguei na clinica exatamente no horário. E, também, surpreendentemente, a espera foi de apenas 40min.

O médico deu uma rápida analisada no prontuário. OK... é compreensível que ele não lembre do caso sem pescar no prontuário antes. Mas, afinal quem é que consegue decorar tantos casos com tantas variáveis? É difícil, né?

Ele sentiu falta do meu marido. Mal sabe ele que na maioria das vezes, marido vai para as consultas meio que arrastado. Sempre reclamando de alguma coisa que estava deixando de fazer.

Mas, então o médico olhou perguntando sobre uns exames que marido tinha feito a pedido da nutricionista dele e que havíamos falado por cima com ele durante as ultras da indução.

Não entendi exatamente o que tinha com os tais exames, já que eu não costumo ir junto as consulta da nutricionista do marido. Mas, pelo que marido tinha comentado comigo e com o médico de reprodução foi que a nutricionista dele estava achando exagerado o nível de testosterona livre e ao mesmo tempo que estava achando o nível de testosterona bio disponível baixo, uma vez que ele está usando clomid (entendi que na teoria da nutricionista o corpo não estava absorvendo)... Ela havia pedido para ele comentar isso com o médico de reprodução.

Eu nem lembrava mais disso da testosterona. Na época marido comentou com o médico, mas eu estava me trocando para a ultrassom e não sei a que conclusão eles tinham chegado. (Aparentemente, nenhuma.). A sorte é que eu guardo todos os exames que fazemos na nuvem e consegui acessar tudo pelo celular para mostrar ao médico.

O médico anotou lá os resultados. Ao mesmo tempo que eu perguntei se não seria melhor suspender o clomid... Porque marido tava usando desde novembro. Se não prejudicaria alguma coisa e tal. O médico disse que era para manter, que o clomid poderia ser usado por até um ano. Falou que os níveis de testosterona para a questão da reprodução humana seguem outro nível de referência que não me preocupasse com isso. Que esse negocio da testosterona bio disponível não estava relacionada ao aumento da taxa de gravidez. Em outras palavras, ele disse que a nutricionista não sabia o que estava falando, pois não era da área dela. (Pelo menos, foi isso que entendi.)

Ele olhou esses exames que marido tinha feito, mas notou que não havia exame de estradiol. Então ele disse que iria passar novos exames hormonais para o marido porque precisava analisar a relação estradiol/testosterona.

Ele perguntou qual era nossos planos. (Ué, realmente acho que ele teve amnésia sobre o que havíamos combinado em fevereiro). Respondi que voltaríamos ao tratamento de fertilização in vitro.

Aí ele falou que realmente a qualidade dos nossos embriões não estava tão boa quanto ao esperado para a nossa idade. Temos 30 e 32 anos. Meu antimulleriano é compatível com a idade. Ele disse novamente que estava pensando na possibilidade de fazermos punção testicular, pois achava que a qualidade dos embriões estava sendo afetada pelo fator masculino... (Nossa! Lembrei da ultima consulta que tivemos com o 1º médico de reprodução... Não foi exatamente isso que ele tinha dito?!... Na nossa consulta em outubro passado, após o negativo da fiv, tínhamos conversado sobre a possibilidade de fazer essa punção ou o PICSI.) O médico passou outro exame de Fragmentação de DNA espermático antes de decidir o que fazer. Para mim, ele pediu para fazer uma ultrassom na fase lútea. Mais ou menos uns dez dias antes da próxima menstruação. Falou algo sobre analisar as coisas para encontrar uma forma de uniformizar mais os folículos. Não entendi bem.

Perguntei sobre a imunoglobulina, se o efeito de fato era parecido com a intralipid ou se havia alguma diferença entre elas. Ele disse que o efeito da intralipid é praticamente igual e que atualmente só está usando a intralipid por conta do valor muito mais acessível.

Perguntei se seria possível usarmos a enoxheparina invés da heparina e se podíamos começar antes da transferência. Ele disse que sim, que bastava lembrar ele, na época certa que ele colocaria lá a observação no protocolo. Era uma coisa simples.

Perguntei sobre a vacina de febre amarela. Ele disse que a recomendação é que após tomar a vacina, precisa evitar gravidez por um mês.

Expliquei a ele porque não via lógica em fazer a tal monitorização do ciclo... Ele concordou que se mantivéssemos relações dia sim dia não da forma que estamos fazendo já cobrimos a ovulação de toda forma.

Enfim, fiz a pergunta que tanto estava martelando na minha cabeça. "Se essa próxima tentativa fracassar, haverá ainda o que tentar?"

A resposta veio em um piscar: "Sim."

Fiquei sem ação, como se uma flecha de esperança tivesse entrado no coração. "Sim?"

"Tem uma medicação (não decorei o nome, estava perplexa) que costumo usar em casos de endométrios mais complicados."

"Então, ta." - Eu não precisava de mais nada, bastava saber que ainda restava esperança...

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Consegui um receituário novo das vitaminas e medicações que marido estava usando. Nosso receituário era de outubro e logo logo a farmácia não iria querer vender mais falando que as receitas estavam velhas.

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Agora é marcar todos os exames que o médico pediu e esperar.