segunda-feira, 3 de abril de 2017

Consulta pós negativo Indução/coito programado

Fiquei surpresa por ter conseguido essa consulta assim tão rápido. Esse médico é sempre lotado...

Cheguei na clinica exatamente no horário. E, também, surpreendentemente, a espera foi de apenas 40min.

O médico deu uma rápida analisada no prontuário. OK... é compreensível que ele não lembre do caso sem pescar no prontuário antes. Mas, afinal quem é que consegue decorar tantos casos com tantas variáveis? É difícil, né?

Ele sentiu falta do meu marido. Mal sabe ele que na maioria das vezes, marido vai para as consultas meio que arrastado. Sempre reclamando de alguma coisa que estava deixando de fazer.

Mas, então o médico olhou perguntando sobre uns exames que marido tinha feito a pedido da nutricionista dele e que havíamos falado por cima com ele durante as ultras da indução.

Não entendi exatamente o que tinha com os tais exames, já que eu não costumo ir junto as consulta da nutricionista do marido. Mas, pelo que marido tinha comentado comigo e com o médico de reprodução foi que a nutricionista dele estava achando exagerado o nível de testosterona livre e ao mesmo tempo que estava achando o nível de testosterona bio disponível baixo, uma vez que ele está usando clomid (entendi que na teoria da nutricionista o corpo não estava absorvendo)... Ela havia pedido para ele comentar isso com o médico de reprodução.

Eu nem lembrava mais disso da testosterona. Na época marido comentou com o médico, mas eu estava me trocando para a ultrassom e não sei a que conclusão eles tinham chegado. (Aparentemente, nenhuma.). A sorte é que eu guardo todos os exames que fazemos na nuvem e consegui acessar tudo pelo celular para mostrar ao médico.

O médico anotou lá os resultados. Ao mesmo tempo que eu perguntei se não seria melhor suspender o clomid... Porque marido tava usando desde novembro. Se não prejudicaria alguma coisa e tal. O médico disse que era para manter, que o clomid poderia ser usado por até um ano. Falou que os níveis de testosterona para a questão da reprodução humana seguem outro nível de referência que não me preocupasse com isso. Que esse negocio da testosterona bio disponível não estava relacionada ao aumento da taxa de gravidez. Em outras palavras, ele disse que a nutricionista não sabia o que estava falando, pois não era da área dela. (Pelo menos, foi isso que entendi.)

Ele olhou esses exames que marido tinha feito, mas notou que não havia exame de estradiol. Então ele disse que iria passar novos exames hormonais para o marido porque precisava analisar a relação estradiol/testosterona.

Ele perguntou qual era nossos planos. (Ué, realmente acho que ele teve amnésia sobre o que havíamos combinado em fevereiro). Respondi que voltaríamos ao tratamento de fertilização in vitro.

Aí ele falou que realmente a qualidade dos nossos embriões não estava tão boa quanto ao esperado para a nossa idade. Temos 30 e 32 anos. Meu antimulleriano é compatível com a idade. Ele disse novamente que estava pensando na possibilidade de fazermos punção testicular, pois achava que a qualidade dos embriões estava sendo afetada pelo fator masculino... (Nossa! Lembrei da ultima consulta que tivemos com o 1º médico de reprodução... Não foi exatamente isso que ele tinha dito?!... Na nossa consulta em outubro passado, após o negativo da fiv, tínhamos conversado sobre a possibilidade de fazer essa punção ou o PICSI.) O médico passou outro exame de Fragmentação de DNA espermático antes de decidir o que fazer. Para mim, ele pediu para fazer uma ultrassom na fase lútea. Mais ou menos uns dez dias antes da próxima menstruação. Falou algo sobre analisar as coisas para encontrar uma forma de uniformizar mais os folículos. Não entendi bem.

Perguntei sobre a imunoglobulina, se o efeito de fato era parecido com a intralipid ou se havia alguma diferença entre elas. Ele disse que o efeito da intralipid é praticamente igual e que atualmente só está usando a intralipid por conta do valor muito mais acessível.

Perguntei se seria possível usarmos a enoxheparina invés da heparina e se podíamos começar antes da transferência. Ele disse que sim, que bastava lembrar ele, na época certa que ele colocaria lá a observação no protocolo. Era uma coisa simples.

Perguntei sobre a vacina de febre amarela. Ele disse que a recomendação é que após tomar a vacina, precisa evitar gravidez por um mês.

Expliquei a ele porque não via lógica em fazer a tal monitorização do ciclo... Ele concordou que se mantivéssemos relações dia sim dia não da forma que estamos fazendo já cobrimos a ovulação de toda forma.

Enfim, fiz a pergunta que tanto estava martelando na minha cabeça. "Se essa próxima tentativa fracassar, haverá ainda o que tentar?"

A resposta veio em um piscar: "Sim."

Fiquei sem ação, como se uma flecha de esperança tivesse entrado no coração. "Sim?"

"Tem uma medicação (não decorei o nome, estava perplexa) que costumo usar em casos de endométrios mais complicados."

"Então, ta." - Eu não precisava de mais nada, bastava saber que ainda restava esperança...

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Consegui um receituário novo das vitaminas e medicações que marido estava usando. Nosso receituário era de outubro e logo logo a farmácia não iria querer vender mais falando que as receitas estavam velhas.

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Agora é marcar todos os exames que o médico pediu e esperar.


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