quarta-feira, 17 de agosto de 2016

É preciso mais do que torcida. É preciso atitude.

Texto compartilhado no facebook no grupo "Trombofilia Doações e Sobras de medicamentos"

Achei interessante e resolvi compartilhar por aqui. 

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"Bom dia. Há muitos dias venho pensando em uma forma de escrever esse post de alerta sem parecer rude. Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que sinto muito por cada perda. Sinto muito por cada bebê que virou anjo, por cada sonho interrompido, por cada lágrima derramada. Esse grupo existe essencialmente para ajudar mulheres a vencerem essa doença tão grave. E para isso contamos com uma única arma: informação.

Tenho visto dezenas de mães que chegam aqui devastadas pelas perdas, tentando se preparar para uma nova gestação. Muitas dispostas a aprender, a pesquisar, a se informar. Desta forma ficam aptas a escolher melhor seus obstetras quando isso é possível ou a questionar e exigir um acompanhamento rigoroso quando precisam contar com o SUS. Mas por outro lado tenho visto muitas que não estão abertas a entender a gravidade da questão.

Algumas mulheres chegam aqui procurando uma palavra mágica de que elas podem engravidar tranquilas que nada de ruim vai acontecer. Não querendo enxergar que foram vítimas de negligência médica e que não tiveram assistência adequada. Mães, isso é uma falácia. Se vocês não tiverem o tratamento correto a tragédia irá acontecer.

Vou falar para quem tem histórico de Pré Eclapsia, com ou sem perda gestacional: você precisa de médico de alto risco. Obstetra comum não pode te ajudar. Você precisa pesquisar TODAS as trombofilias. Médico que não pesquisa trombofilia deve ser abandonado. Médico que não prescreve AAS não sabe nada de pré eclampsia. Médico que diz que só vai medicar se algo der errado deve ser riscado do seu caderninho. Médico que não pesquisa sobre vitamina D e cálcio não é de alto risco. O primeiro doppler deve ser feito com 12 semanas e a partir de 22 semanas todas as US devem ser com doppler. A periodicidade vai depender dos resultados, mas nunca o intervalo poderá ser maior que 30 dias, sendo que após 28 semanas o ideal é que seja quinzenal. Tooooooodos esses pontos são essenciais. E mais, mulheres cujos bebês tiveram grave restrição de crescimento e que perderam seus bebês devem buscar médicos que aceitam o protocolo de uso de anticoagulante injetável pelo histórico, independentemente dos resultados dos exames de trombofilia.

Você chegou aqui. Você teve acesso à essas informações. Você leu relatos de mães que infelizmente não chegaram a tempo no grupo e que tiveram uma segunda gestação mais desastrosa ainda do que a primeira. Se ainda assim você não questionar seu médico, não entender a gravidade da situação e que essa luta também é sua, estará sendo também negligente e irresponsável. Então se conscientizem. Vocês precisam Lutar por vocês e por seus bebês. Essa é a função do grupo. Estamos aqui, claro, para ajudar a secar as lágrimas, para abraçar e confortar. Mas estamos aqui principalmente para ajudar vocês a vencerem, a deixarem a dor para trás e terem filhos lindos nos braços.

Não posso mais ver relatos de péssima assistência que contaminam a ideia de outras mães achando que é normal ser negligenciada.


É possível sim ter uma gestação com final feliz. Mas é preciso mais do que torcida. É preciso atitude.

Post vanessa talarico ‪#‎vencendoapréeclampsia#

Faço das palavras dela as minhas."


Compartilhado por Patty Costa.

(Link do post: https://www.facebook.com/hashtag/vencendoapr%C3%A9eclampsia?source=feed_text)

Um comentário:

  1. Concordo!
    Acho que isso vale pra tudo...acho muito valido contar com "ajuda divina" acredito que a fé move montanhas, mas eu creio mais ainda que temos que fazer a nossa parte...e buscar informação é a primeira coisa.
    Beijos

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