terça-feira, 20 de setembro de 2016

Cafeína e Fertilidade

Tempo de Leitura: 2 minutos

Um café para acordar, para acompanhar a reunião, um chocolate depois do almoço ou um chá para relaxar no fim do dia. Quem resiste?

Mulheres que querem engravidar deveriam resistir. Ainda não há comprovações científicas de como a cafeína está ligada à infertilidade, mas estudos mostram a forte relação entre a substância e a fertilização.

Uma pesquisa feita em 1998 mostrou que mulheres que consumiam menos do que uma xícara de café por dia, ou o equivalente em cafeína, concebiam 26,9 gestações por 100 ciclos menstruais, comparadas a 10,5 gestações por 100 ciclos entre aquelas que consumiam mais do que uma xícara diariamente.

De fato, os especialistas defendem que o alto consumo todos os dias – e por alto consumo entende-se mais do que 300 mg, o equivalente a nove refrigerantes com cafeína ou quase 500 ml de café – prolonga o tempo para a concepção, reduz a taxa de fecundidade e aumenta os riscos de aborto espontâneo.

O consumo da substância também mostrou reduzir a atividade muscular nas tubas uterinas (trompas de falópio) de ratas. Um estudo da University of Nevada School of Medicine (EUA), em 2011, desvendou que a cafeína diminui a atividade muscular nas tubas, responsáveis por transportar o óvulo fecundado ao útero.

As tubas uterinas são revestidas por pequenas estruturas similares aos cílios, além de células que coordenam a contração muscular. Esses cílios, então, se movimentam e encaminham o embrião para o útero. No estudo, a cafeína se mostrou responsável por bloquear a ação das células, dificultando o processo.

A cafeína também tem sido associada à infertilidade relacionada à endometriose. Na fertilidade masculina, no entanto, não há nenhuma evidência que mostre interferência negativa da cafeína, bem como nos resultados de fertilização in vitro.

Não é necessário que a mulher elimine bruscamente todo o consumo de cafeína ao tentar engravidar. O consumo moderado, de até 200 mg por dia, é seguro e não causará problemas.Mas lembre-se: cafeína não está apenas no café. Chocolates, chás e refrigerantes geralmente apresentam alta concentração da substância. Confira a quantidade média de cafeína em alguns alimentos e bebidas:
Xícara pequena de café coado = 35 mg;
Xícara pequena de café expresso = 65 mg;
Xícara grande de capuccino = 90 mg;
Um refrigerante em lata à base de cola = 45 mg;
Um chocolate ao leite de 60 g = até 50 mg.

O ideal é reduzir a ingestão aos poucos, até para que o corpo não desenvolva sintomas de abstinência, como cansaço e dores de cabeça.

Fazer o café mais aguado ou até misturar o produto descafeinado ao comum pode ajudar. No caso de chá, mantenha-o em submerso por menos tempo na água. Suavizar o consumo pode representar mais chances de realizar o sonho da gestação!

4 comentários:

  1. Em casa eu passei a usar o descafeinado e na rua sempre opto também, quando tem. De qualquer forma não tomo mais do que uma xícara por dia - o que é difícil pra mim porque amo café, chá, chocolate e tudo isso.

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  2. Li muito sobre isso!
    E por parte do homem também! Alguns estudos mostram que a cafeina não interfere na fertilidade deles. Outros dizem o contrário, que atrapalha e muito quando consumido em altas quantidades. Como meu marido era o café em pessoa, reduzimos bruscamente para 2 xícaras por dia e tiramos o mate da dieta =)

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  3. Sabe o que eu li dia desses? Que café descafeinado tem tanta química para tirar a cafeína que, para quem está grávida (não sei para quem está tentando engravidar), o melhor mesmo é tomar o cafezinho normal, mas em quantidades menores.
    Sobre o artigo: senti falta de falar dos homens, que também fazem parte da concepção, né? eheheh

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