sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

2014. Que ano complicado.

Quem me conhece sabe que eu amooooo criança (muitas vezes deixando de interagir com os adultos para ficar só com as crianças, tenho cinco sobrinhAs e dois sobrinhOs kkkkkkkk). Talvez, por isso, também meus conhecidos não entendam porque ainda não tenho filhos. Tenho certeza que alguns pensam que temos problemas. =/

Aconteceu recentemente de um parente muito sem noção simplesmente dizer para mim: “Vocês tão demorando muito para ter filhos, os peixinhos do teu marido não funcionam, não?”.  Na mesma hora respondi, que não tem nada a ver, que nem estar tentando eu estava. A pessoa ficou surpresa e não entendia por que e começou a baboseira religiosa que os casais deviam ter filhos e blablabla. A sorte é que minha mãe estava por perto e conseguiu desviar a conversa para outro rumo.  Infelizmente, foi dito por uma pessoa que é muito querida e amada, mas que agora peguei certo abuso dela e estou evitando vê-la.

Já tenho quase cinco anos de casada, casei em 2010. E quando casamos, tínhamos planejado que 2014 seria nosso ano, iríamos formar nossa família.  Para todos que perguntavam de filhos (perguntinha praxe...) respondíamos “depois da copa”. E esse era realmente o plano.

Mas, no começo de 2014, decidimos adiar para 2015. Já que nosso apartamento estava em obras, tínhamos uns planos de viagem e estávamos procurando novas fontes de renda para conseguir fazer uma poupança antes de chegarem as crias.

Nada saiu como planejamos...

No começo de 2014, marido decidiu advogar exatamente pensando em tirar uma renda extra para fazer uma poupança. Infelizmente, o escritório não deu certo. Invés de lucro, vieram prejuízos. =/

Também no começo de 2014, eu estava com três obras em andamento, meio estressada porque mão de obra anda muito complicada. Como fazer os clientes entenderem que não tenho uma bola de cristal para prever quem que vai dar dor de cabeça? Evito ao máximo indicar prestadores de serviço, mas alguns clientes não entendem o porquê que não gosto de indicar.  Faço o projeto, mas são eles que devem encontrar os prestadores que irão executá-lo. E para variar, muitos probleminhas nas obras:  eletricista fazendo ligação errada; azulejista assentando as peças desalinhadas; pintor pintando de qualquer jeito, marceneiro fazendo móvel com acabamento discutível...   Eu não indico, mas costumo prestar assistência fazendo vistorias nas obras para ver se o prestador contratado está fazendo corretamente e a maioria das vezes não está. Eu fico muito estressada com isso.  O que me deixa mais possessa é quando o prestador simplesmente ignora o projeto e faz as coisas da cabeça dele. Geralmente dá m* e tem que refazer tudo.

E no meio desse estresse todo, em março, me acontece de um negocio aculá não aparecer. E lá sei vai a pessoa ficar ansiosa, falar pro marido, fazer testes (negativos), ir para GO... E, no fim, não ser NADA.  Que desilusão... Seria bom ter acontecido sem querer. Mas... OK. Não era hora. Vamos em frente.

Ah  também no início de 2014, foi dado a largada da 2ª parte da minha reforma (sala e cozinha). Em 2013, eu tinha feito a 1ª parte – escritório e quarto casal.  E... Nenhum dos quatros primeiros pedreiros que chamei, sequer apareceram para começar os trabalhos (ta pensando que ser arquiteta é estar livre desses aborrecimentos??!).   E lógico, que nenhum se deu o trabalho de avisar que não poderia ir. É muito mais fácil deixar a pessoa plantada esperando né ¬¬ Mais ou menos, depois da semana santa, enfim consegui fazer essa parte do quebra quebra. Foi a vez de ir para marcenaria...

A marcenaria foi um caso a parte. Ele foi contratado o serviço com base em outros serviços que eu já vi executado, excelente acabamento. Pediu três meses para começar, ok. Começou, ficou duas semanas trabalhando, fez metade da sala e... SUMIU. É isso mesmo. SUMIU. No começo até atendia as ligações, cada vez era uma desculpa diferente. Depois, já não atendia mais. Feito BO. Sustado cheques. Marido estressado. Eu estressada. Muitas brigas.

Marido queria terminar a reforma de qualquer jeito. Mas, agora, com coisas pela metade tinha ficado muito mais complicado. Já é difícil arrumar prestador quando está tudo no zero, imagina quando já ta iniciado e tem mexer no local. Mais brigas... Ele resolveu ir atrás de loja, viu os materiais, os acabamentos, os prazos de entrega, os orçamentos e depois de ponderar, viu que eu tinha razão. ¬¬ Ow, pessoa teimosa.

E a busca de outro prestador... Foram chamados cinco. O que prometeu entregar mais cedo, foi contratado. Contratamos apenas para finalizar a sala (escaldados, a cozinha somente depois de terminar a sala). Mas sabe como é... Prometido para outubro, mas a sala só foi finalizado em novembro. Contratado a cozinha e resolvemos contratar também logo o guarda roupa do outro quarto (já sem saco de inventar uma 3ª parte para o outro ano...), prometido para dezembro... DEZEMBRO. A gente sabe que é um mês complicado. Então... Janeiro, você promete.

Ainda estou estressada e frustrada por conta dessa reforma que ta pela metade. Para mim, era algo extremamente importante essa reforma. Eu trabalho com isso, faço coisas lindas na casa dos outros. Queria minha casa fosse linda também. Era um sonho meu... Passei minha faculdade toda pensando como seria o meu cantinho. Todo dia eu olho as coisas jogadas e me entristeço. Marido também anda estressado, mas por outras coisas. A reforma, ele já superou.No meio de tudo isso, eu resolvi deixar as coisas rolarem. Nada aconteceu como tínhamos planejado, mas vai assim mesmo. Talvez assim a gente comece a prestar atenção nas coisas realmente importantes na vida. Seja o que Deus quiser.


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