quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

E o ciclo?

Contei por alto no post passado que o red tinha chegado, mas não contei a novela que foi, então vamos lá.

Lembram que eu tinha feito o acompanhamento da ovulação por saliva? E pelas contas o red teria que chegar 16 dias depois, para comprovar a minha teoria da fase lutea de 16 dias.

No dia 05.12 seria o 16 dpo. Acordei e veio uma borra marrom no papel. Pronto, achei que ia menstruar mesmo. Mas o que aconteceu? Não veio mais nada.

Não veio nada no dia 06 e nem no dia 07... Vocês sabem como funciona as anteninhas de uma tentante né? Massssss aconteceu aquele evento trágico que falei no post passado =( e eu não tava com muita paciência, simplesmente resolvi fazer o beta logo.

Red chegou com fluxo total no dia 08. E, agora eu não sei que dia que conto como sendo o 1dc desse ciclo de dezembro.

Não sei se o 1dc é o dia 05 ou o dia 08. Perdida total.

Minha cabeça igualmente perdida, esse ciclo de agora só lembrei de observar a saliva em algumas manhãs então também não sei que dia ovulei e se ovulei.

Bagunça total.



Dia que lembrei de olhar a saliva:

15.12 (12dc ou 9dc)

16.12 (13dc ou 10dc)

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Enquanto o red não vem...

Pensei que tivesse dado certo... ovulação, manchinhas...tantos sinais. Mas agora acredito que não, pois ontem no 24dc senti muuuuuita cólica com pontadas. Acho impossível ser gravidez por causa da intensidade da dor de ontem. Tanta dor que tomei remédio e preferi faltar a minha amada natação.

Estranho essa dor já que o red só deve chegar daqui uns seis dias, no mínimo. Massss possível, tem mulher que tem TPM até dez dias antes da red. Os seios igual aos outros meses incomodam muito... E é muito triste isso porque a pessoa fica querendo se apegar, mas no fundo sabe que todo mês sente isso nos seios e não está grávida.

Hoje, 30.11.16, estamos no 25dc. Se a minha teoria que a minha fase lútea dura 16 dias estiver correta, o red deverá chegar no dia 05.12.16. Isso também levando em conta que a ovulação tenha acontecido mesmo no dia 20.11.16 por causa das samambaias... 


Esse mês, pelo menos, veremos se as datas batem ou se preciso analisar melhor as coisas.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Método de arborização :: Como fazer

Promessa é dívida... Prometi que faria um post explicando como funciona o método de arborização e como usar esse mini microscópio, então vamos lá.

Comecemos pelo tal microscópio.

O microscópio que uso é um mini microscópio de bolso, próprio para esse teste de ovulação. Ele amplia cerca de umas 100x. Como vocês podem ver, é super discreto, parece um batom. 




Comprei esse microscópio em 2015, na época custou uns 75 reais, no Ebay...

http://www.ebay.com/itm/Ovulation-Fertility-Saliva-Test-Kit-Free-TTC-Chart-/310173214457?hash=item4837c3a6f9:g:1SEAAMXQ1d1THew4

Dizem que também dá para fazer o teste usando outros microscópios... até aqueles de brinquedo, desde que tenha ampliação de pelo menos 100x.

Primeiro passo. De acordo com a duração do seu ciclo, veja que dia você deve começar a fazer o teste. Isto é muito importante, para melhor visualizar a saliva e definir o dia da ovulação, as tabelas abaixo podem ajudar:





Na primeira coluna temos os dias de duração do ciclo (explicado acima), na segunda coluna, veja os dias do ciclo para começar os testes. Por exemplo, se a duração do seu ciclo for de 28 dias (coluna esquerda) o dia ideal para começar a fazer os testes é o dia 11 (coluna da direita), ou seja, no décimo primeiro dia do início da menstruação irá começar a fazer o primeiro teste, até que o resultado comece a aparece galinhos parecido com samambaias, o que indica que dentro de 24 a 48 h irá acontecer a ovulação. No dia em que aparecer as samambaias bem nítidas, será o dia em que a ovulação ocorreu.

No meu caso, como meu ciclo não tem duração fixa, varia de 28 a 35 dias. Eu teria que começar a fazer o teste no dia 11dc e continuar fazendo o teste até o dia 18dc. Massssss como eu sou "a diferente" kkkkkkk Começo a fazer o teste no 9dc...

Como fazer o teste?

O teste de saliva deve ser feito com a saliva totalmente virgem e limpa. Ou seja, você precisa ficar pelo menos três horas sem beber água, comer ou escovar os dentes. Por causa disso, eu recomendo fazer o teste logo ao acordar, o resultado será mais fiel.

Você pega seu dedo médio e molha ele na saliva embaixo da língua. Depois pega a lente do microscópio e pressiona levemente o dedo nela. Ficará uma gotinha de saliva. Observe que a quantidade de saliva, precisa ser na medida certa. Se for pouco, você não conseguirá observar nada e, se for muito, demorará mais tempo para secar. O tempo médio para secar é de uns 20min.

Com a saliva seca, basta girar a base do microscópio para ligar a lâmpada LED. Depois é só encostar a lente no olho e observar. E, pronto. 




No período não fértil, você verá apenas grãozinhos.

No período chamado de transição, você verá grãozinhos e alguns galhos.

No período fértil, começará alguns galhos característicos, até chegar ao ápice e a lente ser tomada apenas por samambaias.



Boa sorte que venham samambaias!!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Esperança de tentante

Pois bem, hoje acordei, fui ao banheiro assim meio sonolenta ainda sem os óculos... Olhei para baixo, a calcinha manchada com um corrimento marrom, bem discreto. Susto. Olhei novamente para ter certeza que estava vendo aquilo. Fui pegar os óculos. E olhar novamente.

Sim, era uma manchinha marrom, bemmm discreta. Coração se encheu de esperança. Sai feliz, alegre e saltitante dando um animado bom dia para todos que encontrava.

Até que resolvi compartilhar isso com uma amiga tentante e, nessa hora, a minha fixa caiu. "Puxa, como eu sou tola" eu pensei. "Com certeza deve ter sido só um vasinho que rompeu. Muito improvável que seja nidação" Murchei, imediatamente, antes mesmo de passar detalhes do ocorrido.

19dc. manchinha marrom discreta. Se levar em conta a possibilidade da ovulação ter sido no 14/15dc, seria o 5dpo. Suspeito, muito suspeito. Nidação?? Mas... se levar em conta que no dia anterior, eu tinha tido relações... pode ter sido mesmo, só algum vasinho que rompeu. Nossa, como sou tola.

Certa vez li num blog de tentante que eu acompanhava "conto depois, porque mesmo sabendo que todas nós passamos por isso, parece que quando a gente divide uma esperança, ela fica maior e mais ridículo fica quando depois não se confirma.". Estou me se
ntindo tão assim agora.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

De volta a pista e o método de arborização

Lembram da última consulta? Que eu disse ao médico que só voltaria aos tratamentos ano que vem e pedi vitaminas e ele disse que seriam uns três meses para as vitaminas começassem a fazer efeito? Poiseh...

Nesses meses de "intervalo" eu resolvi voltar a malhar. Talvez seja meio tolice, mas eu estava malhando quando engravidei... Resolvi meio repetir tudo, quem sabe o raio caia duas vezes no mesmo lugar. A minha meta é ficar pelo menos quatro meses fazendo exercícios cinco vezes na semana, sendo três vezes musculação e duas natação; exatamente como eu fazia na época.

As mudanças é que agora Marido está tomando as vitaminas. NUNCA tinha conseguido convencer ele a tomar vitaminas antes, mas enfim consegui convencer o médico a prescrever e, com o médico prescrevendo, ele não tem desculpas para não tomar. Desde do dia 04.11.16, ele já esqueceu de tomar dois dias... mas está tomando, melhor que nada. Já eu... Confesso, to desanimada, não estou tomando as minhas vitaminas como deveria. Vou tentar melhorar nessa questão.

Lógico que vamos aproveitar esses meses também para ir tentando naturalmente, né? Afinal já aconteceu uma vez... Impossível não é.

Em Outubro, ficamos nas brincadeiras dia sim dia não a partir do 7dc até o 24dc.
Por uns três dias (33dc,34dc e 35dc) tive aquela esperançazinha que podia ter dado certo... Mas red como sempre só queria brincar comigo, chegou no último dia possível (duração dos meus ciclos mais longos), 35dc.

Agora em Novembro decidi tirar do armário um microscopiozinho que comprei no ano passado para fazer o método de arborização para identificar ovulação. Ano passado não deu tempo de testar, engravidei no ciclo seguinte. E, como sabem, depois eu tava deprê de luto... e fazendo os tratamentos de fertilização. Não tinha sentido usar o microscopiozinho. Massssssss, esse mês enfim, resolvi usar.

 microscópio de bolso para método de arborização

Comecei a fazer as observações no dia 14.11 (9dc):

imagem do microscópio no 9dc.

Depois fiz no dia 16.11 (11dc):

imagem do microscópio no 11dc.

Depois fiz no dia 19.11 (14dc):

imagem do microscópio no 14dc.

Não acreditei, não é que realmente apareceu algo parecido com uns galhinhos? Dizem que isso seria o início do período fértil e a ovulação aconteceria nos próximos dias.

No dia seguinte, dia 20.11 (15dc), fiz novamente:

imagem do microscópio no 15dc.

Esta imagem foi muuuuuuito surpreendente. Dá para ver claramente a imagem de samambaias, que seria o indicativo de ovulação.

Dia 21.11 (16dc):

imagem do microscópio no 16dc.

Os galinhos diminuíram consideravelmente.

Ontem, 22.11 (17dc):

imagem do microscópio no 17dc.

Os galinhos sumiram totalmente.

O plano era manter a mesma frequência do mês passado, dia sim dia não, do 7dc até o 24dc. Mas eu comecei a ver os galinhos e me empolguei. Nos dias 14dc,15dc,16dc e 17dc foram brincadeiras todos os dias kkkkkkkk Teoricamente, para casais com espermograma ruim, isso pode atrapalhar porque não dá tempo produzir muitos espermatozoides, massss um meszinho mudando a tática...Custa nada né. 

Como já acabou a fase dos galinhos, agora vou retornar ao dia sim dia não (20dc, 22dc e 24dc) e fechamos o intensivão de brincadeiras. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Inicio das vitaminas do marido

Sem vontade de voltar a rotina dos remédios. Mas depois de muita insistência do meu marido, mandei manipular as formulas receitadas.

Hoje (04.11.16) marido iniciou as vitaminas e a medicação receitada pelo médico de reprodução. Ele receitou L Carnitina, L Acetil Carnitina e Clomid. Por conta, eu acrescentei a lista o Vitergan Zinco Plus também.

Teoricamente eu também tinha que iniciar com a Coenzima Q10 e com a testosterona, masssss vamos devagar e sempre.

Serão pelo menos três meses com o uso das vitaminas para começarmos a ter algum efeito. 



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Obs. Post liberado em atraso, referente ao início de Novembro/2016
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sábado, 19 de novembro de 2016

Não pode ter filhos? Adota!?


Muitos costumam soltar: "Porque vocês não adotam?".

Primeiro vamos fazer uma reflexão. Vocês sabem quantas crianças são adotadas e devolvidas? =O Não se espante, é a verdade, algumas pessoas DEVOLVEM as crianças que adotaram com a explicação que não houve adaptação.

Porque isso acontece? Porque nem todas as pessoas estão preparadas para adotar. Adotar é algo complexo. Não é simplesmente pegar uma criança para criar e pronto.

Precisa ter um preparo psicológico para tal. Precisa a compreensão que a criança veio de outra realidade, de outra família, que haverá diferenças tanto físicas quanto psicológicas (dependendo da idade da criança). Precisa entender que o amor precisa ser maior ainda. Porque, no caso, a família será ligada pelo amor. O amor será a base de tudo.

O amor se cria assim do nada? Não. O amor não é algo que se possa forçar ter. Ele simplesmente existe. Pode até começar pequeno, mas vai crescendo, crescendo...

Nem todas as pessoas estão preparadas para amar. Nem todas as pessoas estão preparadas para superar todas as diferenças que existirão. Nem todas as pessoas estão preparadas para adotar.

Adotar uma criança não pode ser visto como um "prêmio de consolação", tem que ser feito por amor. Não entendo porque essa visão de "a última alternativa... não consegue ter filhos, adota.".

Adoção deveria algo a ser considerado independente da pessoa conseguir ter filhos biológicos ou não. As crianças não merecem ser a última alternativa de ninguém.

Elas merecem pessoas dispostas a amá-las!!!


Então vamos tomar muito cuidado com essa frase "Já que não conseguem ter filhos. Por que vocês não adotam?" ¬¬





segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Perda Gestacional :: Precisamos falar sobre isso...

O luto

Hoje completa exatamente um ano daquele fatídico dia (07.11.15) em que fiz um ultrassom e recebi a notícia que meu guerreirinho havia parado o coraçãozinho. E, no dia 11.11.15, me internei para fazer a amiu (curetagem por aspiração) e me despedir completamente do meu guerreirinho.

O luto/perda normalmente passa por 5 fases:



Fonte: Mundo da Psicologia

A negação e o choque - Surge a primeira fase do luto, é no momento que nos parece impossível a perda, em que não somos capazes de acreditar. A dor da perda seria tão grande, que não pode ser possível, não poderia ser real.

A raiva – A raiva surge depois da negação. Mas mesmo assim, apesar da perda já consumada negamo-nos a acreditar. Pensamento de “ porque a mim?” surgem nesta fase, como também sentimentos de inveja e raiva. Nesta fase, qualquer palavra de conforto, parece-nos falsa, custando acreditar na sua veracidade

A negociação– A negociação, surge quando o individuo começa a por a hipótese da perda, e perante isso tenta negociar, a maioria das vezes com Deus, para que esta não seja verdade. As negociações com Deus, são sempre sob forma de promessas ou sacrifícios.

A depressão – A depressão surge quando o individuo toma consciência que a perda é inevitável e incontornável. Não há como escapar à perda, este sente o “espaço” vazio da pessoa (ou coisa) que perdeu. Toma consciência que nunca mais irá ver aquela pessoa (ou coisa), e com o desaparecimento dele, vão com ela todos os sonhos, projetos e todas as lembranças associadas a essa pessoa ganham um novo valor.

A aceitação – Última fase do luto. Esta fase é quando a pessoa aceita a perda com paz e serenidade, sem desespero nem negação. Nesta fase o espaço vazio deixado pela perda é preenchido. Esta fase depende muito da capacidade da pessoa mudar a perspectiva e preencher o vazio.

As fases do luto, não possuem um tempo predefinido para acontecerem e nem seguem uma ordem predefinida, as vezes podem até se misturar e ir e vir. Depende da perda e da pessoa. Também não são todas as pessoas que passam por todos eles, alguns podem passar por todos e outros por menos, mas ao menos um será vivido.

Sabe-se que a que leva mais tempo é da fase da depressão para a fase de aceitação, algumas pessoas levam décadas de vida e outras nunca conseguiram aceitar com serenidade a perda. Acontece principalmente no caso de perda de um filho.

Muitas vezes outro estágio aparece, o da culpa, mas geralmente quando se passa por esses cinco a pessoa tende a visualizar uma melhora em seu processo e bane esse sexto estágio.



Lidar com perda é uma experiência humana, mas cada um de nós lida de forma singular. Só você sabe o que você passa, mas poder contar com o apoio dos outros faz com que esse tempo — que de certa forma temos que esperar passa quando perdemos alguém — seja um tempo ao menos com um bom colo pra deitar.

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Não estou mais de luto, mas não esperem que eu pare de falar sobre luto, perdas gestacionais, natimortos e tantas outras perdas... É preciso falar sobre isso! É preciso lutar contra a falta de empatia da sociedade, contra a falta de respeito aos sentimentos.

Não estou mais sofrendo, mas, lógico, a saudade sempre ficará e nenhum outro filho substituirá meu guerreirinho. Eles serão irmãos. Ele não deixará de ser meu filho por estar no céu.

Te amo, meu filho!!

sábado, 5 de novembro de 2016

Ovulação: Ajudinha da mãe natureza

Quando não se tem como usar remédio, ou mesmo por opção, uma ajuda da mãe natureza passa a ser a melhor saída. São alimentos naturais que podem contribuir para a fertilidade, aumentando assim nossas chances de engravidar.

Inhame

O inhame é o mais conhecido colaborador da fertilidade da mulher. Rico em amido, beta-caroteno, vitaminas C e do complexo B. Contém, ainda, cálcio, fósforo e ferro. Pode ser consumido cru, em forma de elixir, chá (feito com a casca), sucos ou cozido acompanhando a comida.

Seu sucesso se deve ao efeito do fitoestrógeno (hormônio vegetal) presente em sua composição. De forma, seu consumo ajuda na produção de muco cervical, estimulação dos folículos e também no aumento da libido.

Como ele funciona no corpo

O inhame possui o fito-hormônio diosgenina, que em nosso organismo se transforma em dehidroepiandrosterona (DHEA). O DHEA, por sua vez, pode ser transformado em estradiol, progesterona, entre outros.

Consumido nas duas primeiras semanas de um ciclo menstrual, melhora a fertilidade, convertendo a diosgenina em outros dois hormônios essenciais para a ovulação: o hormônio luteinizante(LH) e hormônio folículo-estimulante(FSH). O FSH é o responsável por estimular o crescimento dos folículos, e o LH, pela liberação do óvulo pelo ovário.

A ação do chá de inhame no organismo feminino é muito parecida com a ação dos indutores de citrato de clomifeno, mas de forma menos agressiva.

Diferentemente do citrato de clomifeno, que não tem ação benéfica na proliferação da camada interna do útero, o chá de inhame é capaz de promover uma aumento de progesterona após a ovulação, auxiliando na espessura endometrial adequada para implantação do embrião.

Chá de inhame

O chá costuma ser a forma mais consumida pelas tentantes. A maneira de ingestão do chá vai variar de acordo com o ciclo da pré-mãe. A seguir está a receita e sugestão de como tomar de acordo com o ciclo.

Receita: Para um copo de chá usa-se 250 ml de água e a casca de 1 inhame médio. Para um litro de chá, usa-se as cascas de 5 inhames. Lave bem as cascas e deixe ferver bem por cerca de 5 minutos.

Como tomar: Deve ser tomado em jejum durante os primeiros dias do ciclo, variando os dias de acordo com o tamanho do ciclo menstrual. O ideal é tomar o chá de inhame até, no máximo, o dia da ovulação.

Se o seu ciclo for de 28 dias, você vai consumir o chá do 7º ao 14º dia do ciclo. 
Se for de 30 dias, vai consumir do 9º ao 16º dia, e assim por diante. 

Pode-se substituir o chá pelo elixir de inhame ou mesmo o inhame em cápsulas, o consumo deve seguir os mesmos dias indicados para cada ciclo. As cápsulas são vendidas em farmácia de manipulação ou de produtos naturais.

Para saber exatamente quando deve começar e parar de tomar o chá, é preciso que você conheça o seu ciclo ou pelo menos tenha uma ideia de como ele funciona.

Se sua menstruação é irregular, o melhor é consumir o chá de inhame da seguinte maneira: 
Em ciclos que sempre chegam antes da data prevista tomar do 5º ao 11º dia do ciclo. 
Em Ciclos que sempre atrasam tomar do 9º ao 16º dia do ciclo.

O inhame também fica muito bom como suco. Basta adicioná-lo junto com uma fruta de sua preferência ou ainda fazê-lo em forma de vitamina com banana ou mamão. Use sua criatividade para aproveitar essa maravilha, não se preocupe com o sabor, pois costuma não interferir no gosto da fruta.

Para utilizado junto com a comida, basta cortá-lo e fazer da mesma forma que faria com uma batata.

Importante lembrar que o chá de inhame não desregula o ciclo nem causa descontrole hormonal. O que ele pode fazer é prolongar o período fértil. Um outro aspecto que sempre vejo é a afirmação de que o mesmo não pode ser consumido por quem tem síndrome dos ovários policísticos. Não se deve avaliar o chá de inhame como se avalia um medicamento para induzir a ovulação, pois não é! Seu efeito irá variar de acordo com o organismo de cada uma de nós. Assim sendo, não digo que seja proibido para quem tem SOP, mas a pré-mãe deve avaliar se existe muitos microcistos nos ovários e lembrar que o inhame PODE agravar a situação. Como também pode ocorrer da pré-mãe sentir pouco o efeito do inhame.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Consulta pós negativo 2ª FIV

Já fui para a consulta de retorno com o médico. Dessa vez, sem nenhuma expectativa. Sem ansiedade nenhuma, já imaginava as alternativas que teríamos.

Voltei a pensar sobre o PGD, biopsia dos embriões para análise genética deles. E, novamente, assim como na 1ª FIV não estava a vontade com isso.

Outra possibilidade que pensei seria fazer o exame Era, é um exame em que fazemos todo o preparo do endométrio simulando o preparo de uma tec, mas invés de transferir os embriões, se faz uma biopsia do endométrio e se analisa se naquele dia, o endométrio estava receptivo ou não. Dizem que o endométrio possui uma "janela de implantação", um período em que ele está apto a implantação de embriões. Fora desse período, os embriões não conseguem implantar.

Chegando na consulta...

O médico surpreendeu. Novamente, assim como ele tinha feito na 1ª consulta em que falamos sobre a indicação do PGD que o outro médico tinha feito, ele disse que não indicava fazer PGD... Fiquei mais aliviada com isso. Afinal, parece que o médico também tem a mesma opinião que, talvez no nosso caso, jovens e sem alterações genéticas nos cariótipos, o exame fosse mais prejudicial do que benéfico. Ele falou de um caso de um casal em que tinham feito o PGD de quatro embriões, dois passaram no teste e dois não passaram. Fizeram a transferência dos aprovados e tiveram negativos. Depois, a mulher insistiu para transferir os outros dois, que não haviam sido aprovados. Assinou um termo dizendo que estava ciente e etc e transferiu. Ela engravidou... e os filhos nasceram sadios.

Realmente o médico indicou fazer o exame Era. Mas, achei que ele não deu tantas esperanças assim com o exame. Senti como se o exame fosse algo mais burocrático, tipo "na falta de outras possibilidades, vamos testar isso".  Se o exame der não receptivo, teremos que repetir até ele dar receptivo. E, se ele der receptivo logo no primeiro exame, continuamos sem respostas para os negativos. É aquele negocio, não temos garantia de nada.

Ele disse que apesar de não ser o nosso caso, já que o exame de fragmentação de DNA espermático estava ok, ele está pensando em fazer a próxima fiv/icsi com um outro tipo de seleção dos espermatozóides chamada PICSI. Ele acha que pode ter algo na qualidade dos espermatozoides afetando os embriões... Como tenho menos de 30 anos, então ele não acha que seja do óvulo, seria mais provável ser dos espermatozóides.

Pedi ao médico para fazer o exame antimulleriano. Ele perguntou porque eu queria fazer esse exame se ele não mudaria nada na situação. Aí eu respondi que achei que tive poucos embriões nas duas fivs que fiz e queria saber qual era a situação da reserva ovariana, se tinha tempo para enrolar ou se tinha que fazer os tratamentos desesperadamente. Então ele concordou que eu era má respondedora e solicitou o exame.

Pedi também para ele passar vitaminas para mim e para meu marido. Deixei claro que sabia que não tinha nenhuma comprovação científica da eficácia delas, mas que queria tentar. Algo para melhorar a qualidade e quantidade dos óvulos e a qualidade dos espermatozóides. Ele disse que demoraria uns três meses para fazer efeito. Eu disse que era perfeito então, já que não pretendia mais fazer nenhum tratamento este ano, só no próximo talvez. Ele fez algumas prescrições de vitaminas.

P.S momentos chatos da consulta

O médico falou que iria pedir um exame genético nosso, chamado cariótipo. Aí eu lembrei a ele que nós já havíamos feito esse exame com o médico anterior, inclusive trouxemos os resultados para mostrar na nossa primeira consulta e os cariótipos estavam normais.

Em certo momento da consulta o médico, falando da minha gravidez natural do ano passado, disse que eu tinha tido uma gravidez química. Fiquei meio irritada ao escutar isso (afinal, era como se ele tivesse falando que meu filho não passasse de um elevação hormonal), sem querer falei alterando um pouco a voz que eu não tinha tido uma gravidez química, pois tive um embrião batendo coração. Aí o médico se corrigiu e disse que eu tinha tido um aborto precoce.


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Obs. Post liberado em atraso, referente ao início de Outubro/2016

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domingo, 30 de outubro de 2016

E as boas notícias?

Hoje, mais uma vez, entrei em discussão com uma pessoa em um grupo de zap. Ela havia postado uma notícia sobre uma criança recém nascida achada morta em um saco plástico nas margens de um rio e, não bastasse a noticia, ela ainda postou foto do cadáver do bebê no saco e tudo.

Desnecessário.

Simplesmente desnecessário.

Era um grupo sobre fertilização in vitro, com abrangência nacional.

Gostaria de entender qual a necessidade de se espalhar notícias assim... Vai mudar o ocorrido? Infelizmente, não. Então para quê espalhar notícias assim? Ainda mais com imagens e tudo? Justamente num grupo onde tem centenas de mulheres travando uma cansativa batalha para realizar o sonho de ser mãe, aí vem uma pessoa e posta uma notícia dessas com foto e tudo, para chocar ainda mais. Desnecessário. É espalhar tristeza.

Para que?

Alguém me explica que eu quero entender...

Aí veio a outra defender "olha eu acho que mostrar ou não mostrar uma foto não vai mudar nada no mundo, então deixa de drama por causa de uma foto."

Parem o mundo que eu quero descer!!!

Realmente, não vai mudar o mundo. Vai mudar o meu dia e o de várias mulheres, para pior.

Vamos evitar compartilhar essas notícias tristes. Compartilhem só no caso de ter algo que possa ser feito para mudar o mundo para melhor... Nos demais casos, sem necessidade.

Vamos espalhar boas notícias!!!




P.S 

Tem uma matéria super interessante falando sobre a influência de notícias negativas no nosso psicológico, vejam em: 
http://vyaestelar.uol.com.br/post/8775/ver-mas-noticias-na-tv-nao-fazem-bem



sábado, 29 de outubro de 2016

O clube secreto e silencioso das grávidas que perdem seus bebês

Existe uma regra social: Precisamos superar a perda rápido. E não podemos sofrer.

Desabafo da jornalista Clarissa Cavalcanti, 32, dois abortos recentes, ao “Ser mãe”.

Sem receber convite eu entrei para um clube secreto de mulheres. Um clube que eu até já tinha ouvido falar, algumas pessoas da família e amigas participavam, mas que eu nunca soube muito a respeito. Depois que eu fui forçada a entrar, descobri que milhares de mulheres fazem parte, mas tudo é mantido meio às escuras. Eu entrei para este clube pela primeira vez em março de 2015. Foi quando tive meu primeiro aborto retido – aborto involuntário que acontece quando uma mulher não consegue manter a gestação. Não estou falando do aborto provocado, que é uma outra questão e eu particularmente acho que é caso de saúde pública e precisa ser discutida. Depois de nove semanas de gestação e curtindo muito a ideia de ser mãe descobri no ultrassom que meu bebê não tinha batimentos cardíacos. Tive que esperar uma semana para repetir o exame e ter certeza. Certeza de que meu tão sonhado filho tinha morrido muito antes de nascer. Foi a primeira tortura. Optei por esperar para ver se meu corpo agia naturalmente mas, como nada aconteceu, tive de fazer uma curetagem.

Nesse período de tristeza muita gente veio comentar comigo que tinha passado por algo parecido, que era comum. Gente que eu nunca imaginei que tinha enfrentado algo semelhante porque nunca demonstrou sinais do sofrimento que um aborto causa. E aí eu me perguntava: Se toda essa gente passou ou conhece alguém que passou por isso, por que ninguém fala sobre o assunto? Por que o aborto é tabu mesmo quando ele não é uma escolha da mulher? Todos falavam comigo como se estivessem compartilhando o maior dos segredos, como se fosse um crime ter perdido um bebê. Quem passou por isso sabe que os sentimentos de culpa, raiva, revolta e tristeza se misturam e demoram a passar. Descobri, graças às frases que ouvi, que existe uma regra social: a de que devemos superar rápido. Escutei coisas como: “Era só um feto!”, “A gravidez estava no começo, não precisa sofrer tanto!” Percebi também que há pessoas que comparam dores: “Pior foi o que aconteceu com a fulana! Seu caso não é nada!”, concluem, usando a própria régua para medir o sofrimento alheio.

Muitos profissionais não estão preparados para lidar com a mulher que acabou de perder seu bebê e até a acusam veladamente de ter feito um aborto proposital. Uma colega que também faz parte desse “clube secreto” me contou que que foi para o hospital quando sofreu o aborto em casa. Foi super mal tratada. Insinuaram que ela tinha provocado o aborto, fizeram perguntas duras e ela teve, mesmo que veladamente, provar que não, não tinha culpa pelo desfecho ruim da própria gestação. Imagine como se sente uma mulher que está perdendo o bebê que tanto sonhava, que precisa de atendimento e acolhimento e, em vez disso, tem de provar que não, a culpa não é dela. Uma conhecida me relatou que soube que tinha perdido o bebê em um ultrassom, perto dos cinco meses. O médico comunicou com uma frase seca: “esse bebê morreu”.

Comigo o tratamento não foi muito mais amistoso. A primeira enfermeira que me atendeu antes da curetagem deveria colocar um remédio via vaginal para amolecer meu útero e facilitar o procedimento. Ela o fez com tanta força, sem o menor cuidado e com tanta grosseria que dei um grito de dor. Fragilizada e culpada achei que era assim mesmo, frescura minha. Uma segunda enfermeira me mostrou que não, não era para ter sido feito daquele jeito. Ela me disse, indignada, que o procedimento deveria ter sido precedido por um gel, para não haver (mais) dor. Hoje penso que a primeira enfermeira acreditava que eu tinha provocado aquele aborto e que, por isso, merecia sofrer. O hospital também me internou no mesmo andar do berçário. Eu tinha acabado de perder um filho e via as plaquinhas com os nomes dos bebês na porta, que logo chegavam para serem amamentados, além de ver famílias felizes visitando os novos pais. Não seria isso uma violência psicológica? Como ninguém fala sobre isso, como é “normal” perder um bebê e há um silêncio sepulcral sobre o assunto, fica tudo por isso mesmo. Nossa dor não é ouvida. Sequer considerada.

Em novembro de 2015 descobri que estava grávida novamente. A felicidade voltou. Na primeira ultrassonografia ouvi o batimento cardíaco do meu bebê super forte, a barriga estava crescendo e eu não conseguia nem disfarçar a nova gestação. Estava confiante.

Um sangramento mudou tudo e perdi meu bebê novamente há alguns dias. De uma forma até mais abrupta ganhei uma segunda “carteirinha” e fui arrastada para o clube secreto novamente. No andar da maternidade tinha poucos bebês dessa vez, mas nunca vou esquecer a cena do pequeno Caíque sendo levado ao quarto para mamar enquanto eu passava de maca para a curetagem. Aquilo doeu. No pré-operatório a enfermeira me contou que, na média, são nove curetagens por dia. Fiz a conta e percebi que, só nesse hospital, são 270 mulheres passando por isso todo mês. Imagine quantas mulheres no Brasil todo. E mesmo assim continuamos sem falar sobre esse assunto.

Existe um outro clube secreto: o dos pais. E esse então é mais secreto ainda. O pai não tem vez nessa hora. Ninguém liga para o que ele sente. É quase impossível tirar algo positivo disso tudo. Talvez o fato de descobrir que somos mais fortes do que imaginamos. E que tenho amigos e chefes sensacionais.

Retirado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ser-mae/o-clube-secreto-e-silencioso-das-maes-que-perdem-seus-bebes/

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A Etiqueta da Infertilidade

A infertilidade é, realmente, uma luta muito dolorida. A dor é parecida com o luto por perder um ente querido, mas é única porque é um luto recorrente. Quando um ente querido morre, ele não vai voltar. Não há esperança de que ele irá voltar dos mortos. Você deve passar por todos os estágios do luto, aceitar que nunca mais verá essa pessoa novamente, e seguir em frente com sua vida.

O luto da infertilidade não é tão metódico. As pessoas inférteis ficam de luto pela perda de um bebê que eles podem nunca chegar a conhecer. Elas ficam de luto pela perda de um bebê que teria o nariz da mamãe e os olhos do papai. Mas a cada mês, há a esperança de que talvez este bebê tenha sido concebido finalmente. Não importa o quanto eles tentem se preparar para más notícias, eles ainda esperam que este mês seja diferente. Então, as más notícias chegam novamente, e o luto cobre o casal infértil mais uma vez. Este processo acontece mês após mês, ano após ano. É como ter um corte profundo que se abre novamente justo quando começava a cicatrizar.


Quando o casal decide seguir em frente com os tratamentos para infertilidade, a dor aumenta enquanto a conta bancária diminui. A maioria dos tratamentos para infertilidade envolve o uso de hormônios, que alteram o humor da usuária (seu marido lhe dirá que o efeito colateral é insanidade!) Os testes são invasivos e envergonham os parceiros, e você sente que o médico assumiu o controle do seu quarto. E para todo este desconforto, você paga muito dinheiro. Os tratamentos para infertilidade são caros, e a maioria dos planos de saúde não cobre os custos. Então, além da dor de não conceber um bebê a cada mês, o casal tem que pagar caro para realizar o seu sonho, algo em torno de mil reais até números de 5 dígitos, dependendo do tratamento utilizado.

Um casal eventualmente resolverá o problema da infertilidade de alguma destas três maneiras:
· Eles eventualmente conceberão um bebê;
· Eles vão parar com os tratamentos de infertilidade e decidir viver uma vida sem filhos;
· Eles encontrarão uma alternativa para ser pais, como a adoção.


Chegar a uma solução pode levar anos, então seu casal de amigos amado precisará de seu apoio emocional durante esta jornada. A maioria das pessoas não sabe o que dizer e por isso acaba dizendo a coisa errada, que apenas torna a jornada ainda mais difícil para seus entes queridos. Saber o que não dizer já é metade da batalha ganha para dar apoio.

Não diga a eles para relaxar Todo mundo conhece alguém que teve problemas para engravidar, mas que finalmente conseguiu logo que ela “relaxou”. Casais que conseguem engravidar após alguns meses de “relaxamento” não são inférteis. Por definição, um casal não é diagnosticado como infértil até que tenha tentado sem sucesso engravidar por um ano completo. Na verdade, a maioria dos especialistas nem mesmo tratará de um casal por infertilidade antes que eles tenham tentado engravidar por um ano. Este ano é para excluir as pessoas que não são inférteis, mas apenas precisam “relaxar”. Os que sobram são verdadeiramente inférteis.
Comentários como “apenas relaxe” ou “por que vocês não fazem um cruzeiro” criam ainda mais stress para o casal infértil, especialmente para a mulher. Ela sente que está fazendo alguma coisa errada, quando, na verdade, há uma boa chance de que haja um problema físico que a esteja impedindo de engravidar. Estes comentários podem chegar a ponto do absurdo. A infertilidade é um problema médico diagnosticável que deve ser tratado por um médico, e mesmo com o tratamento, muitos casais NUNCA conseguiram conceber uma criança. Apenas “relaxar” não cura a infertilidade.

Não minimize o problema 
A falha em conceber um bebê é uma jornada muito dolorosa. Os casais inférteis estão cercados de famílias com crianças. Estes casais veem seus amigos terem dois ou três filhos, e veem estas crianças crescerem enquanto voltam para o silêncio de suas casas. Estes casais veem toda a alegria que uma criança traz para a vida de uma pessoa, e sentem o vazio de não serem capazes de experimentar a mesma alegria. Comentários do tipo, "aproveite que você pode dormir até tarde... viajar... etc.” não oferecem conforto. Ao contrário, estes comentários fazem com que o casal infértil se sinta como se você estivesse minimizando a dor deles. Você não diria a alguém cujo pai acabou de morrer que ele deveria ficar feliz, pois não vai mais ter que gastar dinheiro com o presente de Dia dos Pais. Deixar de ter aquela obrigação nem mesmo está perto de compensar a incrível perda de um pai ou mãe. Da mesma maneira, poder dormir até tarde ou viajar não fornece conforto a alguém que quer uma criança.

Não diga que há coisas piores que poderiam acontecer 
Nestes mesmos termos, não diga a seus amigos que há coisas piores que poderiam acontecer do que o que eles estão passando. Quem é a autoridade final sobre qual é a “pior” coisa que poderia acontecer a alguém? É passar por um divórcio? Ver alguém querido morrer? Ser estuprada? Perder um emprego? Pessoas diferentes reagem a diferentes experiências de vida de maneiras diferentes. Para alguém que treinou a vida inteira para participar das Olimpíadas, a “pior” coisa que poderia acontecer é um ferimento na semana anterior ao evento. Para alguém que deixou a carreira para se tornar uma dona de casa por 40 anos após o casamento, ver seu marido trocá-la por uma mulher mais nova pode ser a “pior” coisa. E para uma mulher cujo único objetivo de vida é amar e nutrir uma criança, a infertilidade pode sim ser a “pior” coisa que poderia acontecer. As pessoas jamais sonhariam em dizer a alguém cujo pai acabou de morrer, "Poderia ser pior, seu pai e sua mãe poderiam estar mortos”. Tal comentário seria considerado cruel e não reconfortante. Do mesmo modo, não diga à sua amiga que ela poderia estar passando por coisas piores na vida do que a infertilidade.

Não diga que eles não foram feitos para ser pais 
Uma das coisas mais cruéis que alguém pode dizer é: "Talvez Deus não queira que você seja mãe”. Quão inacreditavelmente insensível é insinuar que ser mãe pode tão ruim que Deus achou melhor “esterilizar divinamente” aquela mulher. Se Deus estivesse no ramo da esterilização das mulheres no plano divino, você não acha que ele preveniria as gravidezes que terminam em abortos? Ou então não esterilizaria as mulheres que terminam por negligenciar e abusar de seus filhos? Mesmo que você não seja religioso, os comentários do tipo “talvez não seja para ser” não são reconfortantes. A infertilidade é uma condição médica, não uma punição de Deus ou da Mãe Natureza.

Não brinque de médico Uma vez que seus amigos estejam sob os cuidados de um médico, o médico fará inúmeros testes para determinar porque eles não conseguem engravidar. Há muitas razões pelas quais um casal não consegue engravidar. E acredite, há muitas razões para que o casal consiga engravidar. A infertilidade é um problema complicado de diagnosticar, e ler um artigo ou um livro sobre isso não o transformará num “expert” no assunto. Deixe que seus amigos trabalhem com o médico deles para diagnosticar e tratar o problema. Seus amigos provavelmente já sabem mais sobre as causas e soluções da infertilidade do que você jamais saberá. Você pode achar que está ajudando lendo sobre a infertilidade, e não há nada de errado em aprender mais sobre o assunto. O problema aparece quando você tenta “brincar de médico” com seus amigos. Eles já têm um médico com anos de experiência em diagnosticar e tratar o problema. Eles precisam trabalhar com ele e confiar que o médico deles pode tratar o problema. Você apenas complica as coisas quando despeja outras ideias sobre as quais leu. O médico sabe mais sobre as causas e soluções; deixe seus amigos trabalharem com o médico deles para resolver o problema.

Não seja grosseiro É horrível que eu tenha que incluir este parágrafo, mas alguns de vocês precisam ouvir isso – não faça piadas grosseiras sobre a posição vulnerável de seus amigos. Comentários grosseiros do tipo “Eu doarei o esperma" ou "Tenha certeza de que o médico usará o seu esperma mesmo para a inseminação" não são engraçados, e apenas irritam seus amigos.

Não reclame da sua gravidez Esta mensagem é para as mulheres grávidas – apenas estar ao seu redor já é muito doloroso para suas amigas inférteis. Ver sua barriga crescer é um lembrete constante do que sua amiga não pode ter. A não ser que a mulher com problemas de infertilidade planeje passar o resto de sua vida numa caverna, ela deve encontrar uma maneira de interagir com mulheres grávidas. Entretanto, há algumas coisas que você pode fazer como sua amiga para tornar as coisas mais fáceis. Você tem todo o direito de reclamar sobre os desconfortos para qualquer pessoa na sua vida, mas não coloque sua amiga infértil na posição de confortá-la. Essa sua amiga daria qualquer coisa para passar pelos desconfortos que você está passando porque estes desconfortos vêm de um bebê crescendo dentro de você. Quando ela ouve uma mulher grávida reclamar sobre os enjôos matinais, ela pensa, "Eu ficaria feliz em vomitar nove meses seguidos se isso significasse que eu iria ter um bebê”. Quando uma mulher grávida reclamava dos quilos a mais, ela pensa “Eu amputaria um braço se pudesse estar no seu lugar”.

Não os trate como se fossem ignorantes Por alguma razão, as pessoas parecem pensar que a infertilidade faz com que os casais se tornem irrealistas sobre as responsabilidades de ser pais. Eu não entendo a lógica, mas muitas pessoas dizem que casais inférteis não me importariam muito com um filho se eles soubessem a responsabilidade que estava envolvida nisso. Vamos encarar – ninguém pode saber realmente as responsabilidades envolvidas em ser pais até que sejam, eles mesmos, pais. Isto é verdade quer você tenha conseguido conceber após um mês ou dez anos. A quantidade de tempo que você passa esperando por este bebê não influencia na sua percepção de responsabilidade. Mais ainda, as pessoas que passam mais tempo tentando engravidar têm mais tempo para pensar nestas responsabilidades. Elas provavelmente também já estiveram perto de muitos bebês enquanto seus amigos iniciavam suas famílias. Talvez parte do que influencia esta percepção seja que os casais inférteis têm um tempo maior para “sonhar” sobre como será quando forem pais. Como qualquer outro casal, nós temos nossas fantasias – meu filho vai dormir a noite toda, jamais fará escândalos em público, e sempre comerá legumes e verduras. Deixe-nos ter nossas fantasias. Estas fantasias são algumas das poucas recompensas que temos como futuros pais – deixem-nos com elas. Vocês podem nos olhar com aquela cara de “eu te disse” quando nós descobrirmos a verdade mais tarde.

Não faça fofocas sobre a condição de seus amigos Os tratamentos para infertilidade são muito particulares e embaraçosos, razão pela qual muitos casais escolhem passar por eles em segredo. Os homens especialmente não gostam que as pessoas saibam dos resultados de seus testes, como a contagem de esperma. As fofocas sobre a infertilidade geralmente não são mal-intencionadas. Os fofoqueiros são pessoas bem-intencionadas que estão apenas tentando descobrir mais sobre a infertilidade para que possam ajudar seus entes queridos. Independentemente do porquê você está repassando esta informação para outra pessoa, machuca e envergonha sua amiga descobrir que a Maria, a caixa do banco, sabe qual a contagem de esperma do seu marido e quando a sua próxima menstruação vai chegar. A infertilidade é algo que deve ser mantida tão particular quanto a sua amiga desejar. Respeite sua privacidade, e não repasse nenhuma informação que sua amiga não tenha autorizado.

Não insista na ideia de adoção (ainda) A adoção é uma maneira maravilhosa de casais inférteis se tornarem pais. Entretanto, o casal precisa resolver várias questões antes de estarem prontos para se decidir pela adoção. Antes que eles possam tomar a decisão de amar o “bebê de um estranho”, eles precisam primeiro passar pelo luto do bebê que teria os olhos do papai e o nariz da mamãe. Você precisa, de fato, superar esta perda antes de estar pronto para o processo de adoção. O processo de adoção é muito longo e caro, e não é uma estrada fácil. Por isso, o casal precisa ter certeza de que pode abrir mão da esperança de um filho biológico e que pode amar uma criança adotada. Isto leva tempo, e alguns casais jamais poderão chegar a este ponto. Se seus amigos não puderem amar um bebê que não seja o deles, então a adoção não é a decisão mais acertada para eles, e certamente não é a decisão mais acertada para o bebê. Mencionar a adoção casualmente pode ser um conforto para alguns casais. Entretanto, “forçar” o assunto pode frustrar seus amigos. Então, mencione a ideia casualmente se parecer apropriado, e então deixe pra lá. Quando seus amigos estiverem prontos para falar em adoção, eles mesmos levantarão a questão.

Deixe que eles saibam que você se importa com eles A melhor coisa que você pode fazer é mostrar aos seus amigos inférteis que você se preocupa com eles. Mande cartões. Deixe-os chorar em seu ombro. Se eles são religiosos, deixe que eles saibam que você está rezando por eles. Ofereça o mesmo apoio que você ofereceria a um amigo que acabou de perder um ente querido. Apenas o fato de saberem que podem contar com você diminui o peso da jornada e faz com que eles saibam que eles não vão passar por isto sozinhos.

Lembre-se deles no dia das mães e dos pais Com toda a atividade nestas datas, as pessoas tendem a se esquecer dos casais que não podem ter filhos. Estas datas são um período extremamente difícil para estes casais. Não há como escapar: há comerciais na TV, pôsteres nas lojas, missas nas igrejas para celebrar estas datas, e até mesmo os planos de celebração com a família. Estas datas são importantes, entretanto, pode ser muito difícil quando um casal está esperando pelo seu bebê. Lembre-se de seus amigos inférteis nestas datas, e envie um cartão para eles para que eles saibam que você está pensando neles. Eles apreciarão saber que você não os “esqueceu”.

Apoie a decisão deles de parar com os tratamentos Nenhum casal pode suportar tratamentos de infertilidade para sempre. Em algum ponto, eles vão parar. Esta é uma decisão agonizante para se tomar, e envolve ainda mais dor. Mesmo que o casal escolha dotar um bebê, eles precisam primeiro chorar pela perda do bebê que teria tido os olhos do papai e o nariz da mamãe. Uma vez que o casal tenha tomado a decisão de parar com os tratamentos, apoie sua decisão. Não os encoraje a tentar novamente, e não os desencoraje da adoção, se esta for a opção deles. Uma vez que o casal tenha atingido esta resolução (que seja viver sem filhos ou adotar uma criança), eles poderão finalmente encerrar este capítulo. Não tente abri-lo de novo, por favor!