Fiquei surpresa por ter conseguido essa
consulta assim tão rápido. Esse médico é sempre lotado...
Cheguei na clinica exatamente no horário. E,
também, surpreendentemente, a espera foi de apenas 40min.
O médico deu uma rápida analisada no
prontuário. OK... é compreensível que ele não lembre do caso sem pescar no
prontuário antes. Mas, afinal quem é que consegue decorar tantos casos com
tantas variáveis? É difícil, né?
Ele sentiu falta do meu marido. Mal sabe ele
que na maioria das vezes, marido vai para as consultas meio que arrastado.
Sempre reclamando de alguma coisa que estava deixando de fazer.
Mas, então o médico olhou perguntando sobre uns
exames que marido tinha feito a pedido da nutricionista dele e que havíamos
falado por cima com ele durante as ultras da indução.
Não entendi exatamente o que tinha com os tais
exames, já que eu não costumo ir junto as consulta da nutricionista do marido.
Mas, pelo que marido tinha comentado comigo e com o médico de reprodução foi
que a nutricionista dele estava achando exagerado o nível de testosterona livre
e ao mesmo tempo que estava achando o nível de testosterona bio disponível
baixo, uma vez que ele está usando clomid (entendi que na teoria da
nutricionista o corpo não estava absorvendo)... Ela havia pedido para ele
comentar isso com o médico de reprodução.
Eu nem lembrava mais disso da testosterona. Na
época marido comentou com o médico, mas eu estava me trocando para a ultrassom
e não sei a que conclusão eles tinham chegado. (Aparentemente, nenhuma.). A sorte é que eu guardo todos os exames que
fazemos na nuvem e consegui acessar tudo pelo celular para mostrar ao médico.
O médico anotou lá os resultados. Ao mesmo
tempo que eu perguntei se não seria melhor suspender o clomid... Porque marido
tava usando desde novembro. Se não prejudicaria alguma coisa e tal. O médico
disse que era para manter, que o clomid poderia ser usado por até um ano. Falou
que os níveis de testosterona para a questão da reprodução humana seguem outro
nível de referência que não me preocupasse com isso. Que esse negocio da testosterona
bio disponível não estava relacionada ao aumento da taxa de gravidez. Em outras
palavras, ele disse que a nutricionista não sabia o que estava falando, pois
não era da área dela. (Pelo menos, foi isso que entendi.)
Ele olhou esses exames que marido tinha feito,
mas notou que não havia exame de estradiol. Então ele disse que iria passar
novos exames hormonais para o marido porque precisava analisar a relação
estradiol/testosterona.
Ele perguntou qual era nossos planos. (Ué,
realmente acho que ele teve amnésia sobre o que havíamos combinado em
fevereiro). Respondi que voltaríamos ao tratamento de fertilização in vitro.
Aí ele falou que realmente a qualidade dos
nossos embriões não estava tão boa quanto ao esperado para a nossa idade. Temos
30 e 32 anos. Meu antimulleriano é compatível com a idade. Ele disse novamente
que estava pensando na possibilidade de fazermos punção testicular, pois achava
que a qualidade dos embriões estava sendo afetada pelo fator masculino...
(Nossa! Lembrei da ultima consulta que tivemos com o 1º médico de reprodução...
Não foi exatamente isso que ele tinha dito?!... Na nossa consulta em outubro
passado, após o negativo da fiv, tínhamos conversado sobre a possibilidade de
fazer essa punção ou o PICSI.) O médico passou outro exame de Fragmentação de
DNA espermático antes de decidir o que fazer. Para mim, ele pediu para fazer
uma ultrassom na fase lútea. Mais ou menos uns dez dias antes da próxima
menstruação. Falou algo sobre analisar as coisas para encontrar uma forma de
uniformizar mais os folículos. Não entendi bem.
Perguntei sobre a imunoglobulina, se o efeito
de fato era parecido com a intralipid ou se havia alguma diferença entre elas.
Ele disse que o efeito da intralipid é praticamente igual e que atualmente só
está usando a intralipid por conta do valor muito mais acessível.
Perguntei se seria possível usarmos a
enoxheparina invés da heparina e se podíamos começar antes da transferência.
Ele disse que sim, que bastava lembrar ele, na época certa que ele colocaria lá
a observação no protocolo. Era uma coisa simples.
Perguntei sobre a vacina de febre amarela. Ele
disse que a recomendação é que após tomar a vacina, precisa evitar gravidez por um mês.
Expliquei a ele porque não via lógica em fazer
a tal monitorização do ciclo... Ele concordou que se mantivéssemos relações dia
sim dia não da forma que estamos fazendo já cobrimos a ovulação de toda forma.
Enfim, fiz a pergunta que tanto estava martelando na minha cabeça. "Se essa próxima tentativa fracassar, haverá ainda o que
tentar?"
A resposta veio em um piscar: "Sim."
Fiquei sem ação, como se uma flecha de esperança
tivesse entrado no coração. "Sim?"
"Tem uma medicação (não decorei o nome, estava
perplexa) que costumo usar em casos de endométrios mais complicados."
"Então, ta." - Eu não precisava de
mais nada, bastava saber que ainda restava esperança...
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Consegui um receituário novo das vitaminas e
medicações que marido estava usando. Nosso receituário era de outubro e logo
logo a farmácia não iria querer vender mais falando que as receitas estavam velhas.
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Agora é marcar todos os exames que o médico
pediu e esperar.
Torcendo aqui!!
ResponderExcluirBjus
http://esperando-esperar.blogspot.com.br/
=*
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