Nossa senhora grávida e o reencontro

Comentei com umas tentantes que costumo conversar, sobre a tal Nossa Senhora Grávida que eu estava querendo comprar. Uma delas disse que o bom seria ganhar e não comprar... Aí eu disse que eu queria ter a nossa senhora grávida pois achava ela muito linda. E não via problema nenhum em comprar eu mesma.

Uns quinze dias depois, a freirinha (aquela que eu tinha deixado o contato para me avisar quando chegasse) ligou para mim avisando que a nossa senhora grávida tinha chegado. Eu disse que ia passar lá na loja, pois queria ver qual modelo era e o tamanho (porque eu já tinha visto uns três modelos diferentes e queria um em específico, que eu achava o mais lindo de todos os modelos que já vi).

Eu liguei para minha mãe, para pedir carona, porque a lojinha é difícil de achar vaga para estacionar. Combinamos de ir a tarde.

Deu o horário que tínhamos marcado e nada da minha mãe chegar. Puxa fiquei tão chateada por essa demora.

Quase uma hora depois a minha mãe chega aqui. Percebo que ela trouxe um pacote embrulhado para presente. Aí ela diz "para você".

Meus olhos se encheram de lágrimas.

Abri o pacote, era a nossa senhora grávida, mas não era apenas uma imagem qualquer, era JUSTAMENTE o modelo que eu queria. E eu nunca tinha mostrado esse modelo a minha mãe. Fiquei mais emocionada ainda.

Minha mãe disse saiu apressada para comprar antes que eu comprasse, porque ela disse que imagens devem ser ganhadas e não compradas, que isso dava sorte. Pelo menos no interior dela era assim. E que ela estava muito surpresa de como eu tinha ficado feliz com a imagem.

Fui explicar que coincidentemente ela acertou justamente a santinha que eu queria.

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Semana seguinte...

Era um dia normal até que meu celular toca e era a minha prima que está grávida... A mãe dela tinha passado mal e estava no hospital, ela estava tentando achar a minha mãe para pedir que ela fosse ao hospital.

Consegui avisar a minha e a levei pro hospital. Minha tia tinha tido um infarto. Mas, aparentemente, já estava no hospital, já tinha feito cirurgia e agora era esperar as 48h para ela sair da UTI e ir para o quarto.

Combinamos que deixaríamos as meninas, minhas primas, irem vê-la na UTI e iríamos vê-la apenas quando fosse transferida para o quarto. Afinal o número de visitas e horários na UTI é muito restrito.

No dia seguinte, meu celular toca novamente. Minha prima diz que minha tia teve outro infarto e estava novamente em cirurgia. Fomos ao hospital.

Ficamos nós quatro, na sala de espera. Conversando, como era costume nosso quando juntava as quatro.

Infelizmente, minha tia faleceu no centro cirúrgico.

Post relacionado "Estrelinha no céu" : http://aguardandodestino.blogspot.com.br/2016/12/estrelinha-no-ceu.html

Passei aquela noite em claro, juntamente com as minhas primas no velório.

Nos dias seguintes, achei por bem, dar uma super dosagem de presença familiar às minhas primas. Carreguei mamãe e batemos ponto lá todos os dias. Histórias felizes, histórias engraçadas, histórias da vida. Talvez fosse um modo de fazer as quatros se consolarem a essa partida tão inesperada. Não há muito o que dizer nessas ocasiões é esperar o tempo agir.

Certo dia, mamãe entregou a imagem da santinha do bom parto para minha prima...e minha prima chegou me perguntando se poderia batizar a filha dela com o nome X. Ela veio me perguntar porque sabia que este era o nome que eu queria colocar na minha filha... Lógico que eu não negaria este pedido, só avisei que havia risco deu repetir quando a minha filha chegasse, se eu conseguisse convencer meu marido a colocar esse nome.

Veio um misto de sentimentos. Eu sei que não sou dona do nome. Qualquer um pode batizar seus filhos com os nomes que quiserem. Mas, afinal, quando será a minha vez? =(

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Obs. Post referente a Dezembro 2016

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