sábado, 15 de outubro de 2016

INFERTILIDADE: O luto que ninguém vê

Pessoas fazem concessões para todos os tipos de dor.

Muitas vezes compaixão é a nossa primeira e mais natural resposta quando se trata de luto e perda, especialmente perdas que nós podemos dar um nome. Algo perceptível exteriormente é fácil de entender. Fácil de colocar em palavras.

A infertilidade é uma perda de proporções assustadoras.

Aquelas de nós que passaram por isso, pode ser incompreensível. Desconcertante. Entorpecente. No entanto, não é uma perda fácil de definir. Ninguém morreu. Não há funeral para participar. Ninguém manda flores ou cartões com palavras confortantes.

Mesmo para aqueles que sofrem desta perda, pode ser uma luta encontrar as palavras adequadas para descrevê-la.

O que nós realmente perdemos? Que palavras podemos usar para fazer justiça a essa coisa que tira o ar de nossos pulmões?

Essa não é uma perda que tenha nome ou memórias ou anos ligadas a ela.



“Estamos de luto por algo intangível – O que nunca foi e nunca será. Por causa disso, também pode ser difícil para os outros entenderem.”
Enquanto a maioria das pessoas concordaria que é triste não poder ter filhos, o pensamento de se sentir desesperada e sentir essa dor incapacitante e selvagem parece dramática, excessiva e até mesmo vista como fraqueza.

Cheguei a pensar que a reação mais comum à infertilidade foi: “pelo menos não é…”

Ouvi das almas bem-intencionadas que pelo menos eu não tinha câncer. Pelo menos eu não tinha tido um aborto espontâneo ou três. Pelo menos eu não perdi um irmão ou um pai ou mesmo o meu trabalho. Pelo menos eu não estava morrendo.

Para ser justa, estes “pelo menos” não foram ditos por maldade, mas trouxe certa distância em alguns de nossos relacionamentos. Uma parte de mim entendeu que essas frases eram deitas para me tranquilizar, que essas pessoas realmente queriam me ajudar a colocar em perspectiva o que eu senti, mas nesse ponto no início da minha jornada eu ainda estava sofrendo com a dor e o choque disto tudo.

Não era outra perspectiva que eu buscava, (que veio depois), era compreensão.

Eu precisava de alguém para se sentar e segurar minha mão e dizer: “Eu sinto muito, isso deve doer tanto. Eu estou aqui para você.”

Havia algumas pessoas que fizeram exatamente isso, que era seguro para me lamentar com elas. Eles falavam com amor e compaixão e o próprio fato de eles permitirem que a minha dor existisse e me ouvirem estava me curando.

Infelizmente e mais frequentemente, a mensagem não intencional que ouvi foi a de que minha tristeza estava sendo minada e diminuída pelas palavras “pelo menos”.

Como poderia ser possível minha dor pessoal ser medida contra todas as maiores tragédias do mundo?

Então seu me sentei e baixei meus olhos. Torci meus dedos. Balançava a cabeça me desculpando, porque como eu poderia discordar com essa lógica?

Sim, pelo menos eu não estava morrendo.

Só que eu estava.

Eu me peguei sentindo como se eu devesse pedir desculpas por toda a minha tristeza e raiva, por me atrever a ser tão ousada a ponto de deixar meu coração se quebrar e meu mundo desmoronar por isso. Me desculpar por toda essa dor que meu coração não conseguia aguentar.

Gostaria de reprimir todas as palavras que eu queria dizer. A mágoa e o desespero que eu pensei que poderia ser capaz de compartilhar com alguém. Lembro-me de sentir um completo desânimo porque os outros não podiam ver como esta perda para mim era a mesma coisa que sofrer uma morte real.

Eu não tive uma criança para estar de luto, mas no meu coração eu estava de luto por esta criança.

Eu chorei rios pensando nos meninos e nas meninas que nunca teriam o meu sorriso e os olhos do meu marido. Comecei a ter sonhos em que tropeçava em uma floresta que levava a um lago negro onde uma criança estava flutuando de bruços na água. A tristeza que eu experimentei neste sonho ecoou minha tristeza na vida real – indescritível e assombrosa.

Eu sofri intensamente, e acima disso tudo isso, eu senti que a minha maior falha era não ser capaz de apenas colocar um sorriso no meu rosto e me convencer de que, pelo menos, não era pior.

Para mim, no momento, e para as outras no processo de superar isso, é o pior. Simplesmente é.

Não há nada trivial no sofrimento da infertilidade. Uma pessoa pode lamentar a perda de seu sonho de uma família biológica da forma mais honesta e profunda como alguém pode lamentar a perda de um filho ou pai ou parceiro ou sua saúde.

Não há “pelo menos” quando se trata da quebra do coração humano, não há necessidade de tentar medir a dor de uma pessoa contra a outra para ver quem é mais digno de sentir dor e quem não é.

Se você estiver em uma situação semelhante, você provavelmente já sabe que nenhuma dor nunca desaparecerá totalmente, mas eu quero dizer a você depois oito anos de estrada com esta dor, que um dia estas feridas que agora se sentem tão cru e abertas vão se curar. Elas ainda vão pulsar com dor de vez em quando, mas você vai ser restaurada.

A verdade é que as coisas vão mudar e você vai mudar. Nem sempre vai doer da mesma forma como dói agora. Eu prometo a você que você vai encontrar o seu caminho.

Vou deixá-la com um “pelo menos” que eu espero que faça a diferença:


Que nesta dor que te faz se sentir tão solitária, pelo menos você não está sozinha.
TEXTO DE COLLEN BERGE


Retirado de:
https://convivendocomsop.wordpress.com/2016/02/01/infertilidade-o-luto-que-ninguem-ve/

3 comentários:

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